Apresentação

Sou Maria Ercília Pereira. Simplesmente... Procurando viver cada segundo de minha vida de forma entusiasmada, crendo no que faço, procurando dar o máximo de mim naquilo que executo - seja no trabalho, em casa (com os meus filhos), na comunidade ou nos espaços em que atuo.
Como professora de Filosofia e Ensino Religioso, Técnicas de Comunicação Pastoral (no curso de Teologia), atuante na equipe de formação desta paróquia e contribuindo com o crescimento de tantos leigos e leigas, acredito nas sementes que tenho lançado neste vasto campo da Educação... Posso dizer que sou entusiasmada por este espaço de anúncio do Reino. Como também pela "Comunicação", minha primeira formação profissional.
Anunciar e espalhar, de diversas formas, a Boa Nova do Reino é um grande desafio para a Igreja e para todos os cristãos e cristãs.
Façamos deste "blog" um espaço de anúncio, de evangelização e de comunhão... Possamos interagir, comunicar, partilhar, trocar informações, tecer juntos a "teia da vida".

Entre em contato conosco. Unamos nossas mãos nesta tarefa de "fazer ressoar a palavra" pelos Meios de Comunicação Social!
A Paz de Jesus! Shalom!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Pensamento

PARA VOCÊ PENSAR...
Quando a vida lhe oferece um limão, você já tem o principal ingrediente para produzir sua limonada.

Pessoas de Visão



Os 3 Pedreiros

Numa das minhas viagens encontrei três pedreiros a fazer a mesma coisa.Perguntei ao primeiro: “O que fazes?”. E ele disse: Empilho tijolos e passo cimento entre eles...Perguntei ao segundo “O que fazes?”. E ele disse: Construo prédios...Perguntei ao terceiro “O que fazes?”. E ele disse: Estou ajudando erguer a universidade na qual brilhantes mentes se formarão; o hospital onde os cidadãos encontrarão cura e apoio para momentos difíceis e a catedral onde os homens de paz e boa fé se encontrarão para celebrar momentos sagrados!
Com qual pedreiro você se parece?
Você é uma pessoa "visionária" ou "acomodada"?
Saibamos transcender as pequenas coisas de nosso dia-a-dia, projetá-las e encontrar sentido em tudo o que fazemos.
PARA VOCÊ PENSAR...
Se o chão tem espinhos, não queira cobrir o solo com couro. Cubra os seus pés com calçados e caminhe sobre os espinhos sem se incomodar com eles.

Novos rumos à missão evangelizadora da Paróquia de Santa Cruz

"Evangelizar, promovendo a unidade, criando a comunhão na participação, no amor, no respeito e no diálogo". A partir deste "norte" a Paróquia de Santa Cruz dará continuidade à sua missão, tendo à frente o padre Jorge como seu pastor, que propôs, para as lideranças da paróquia, reunidas na Igreja de Santa Cruz, no dia 30 de janeiro, uma organização ministerial, segundo as dimensões da ação evangelizadora da Igreja no Brasil.
Os leigos e leigas presentes manifestaram alegria, acolhida e grande entusiasmo mediante a proposta do padre: "É o caminho da unidade"; "uma forma de dinamizar a pastoral de conjunto"; "um jeito democrático de conduzir os rumos da paróquia, pautado na participação dos leigos e leigas"; "duas palavras chaves: comunhão e participação; uma suscita a outra e gera o sentido de pertença eclesial e o espírito de unidade".
As equipes criadas - Formação; Liturgia e Canto; Movimentos; Juventude, Catequese e Adolescentes; Administração/Financeiro; Missionária; Batismo; Pastorais Sociais - reunirão mensalmente para planejar o trabalho, aprofundar e dar rumos à missão da paróquia. Ora com o Conselho Pastoral Paroquial e ora com os membros de trabalho.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Participação no Fórum Social Mundial


Representando o Regional de Barra Mansa e a Paróquia de Santa Cruz, em Vila Nova, Rosa está participando do Forum Social Mundial em Belém. De blusa verde, como que "segurando o mundo", ela aparece alegre e sorridente na foto. Abaixo, vamos saber um pouco mais sobre o Fórum.

O que é o Fórum Social Mundial?
O Fórum Social Mundial (FSM) é um espaço aberto de encontro – plural, diversificado, não-governamental e não-partidário –, que estimula de forma descentralizada o debate, a reflexão, a formulação de propostas, a troca de experiências e a articulação entre organizações e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo, mais solidário, democrático e justo.
As três primeiras edições do FSM, bem como a quinta edição, aconteceram em Porto Alegre, Rio Grande do Sul (Brasil), em 2001, 2002, 2003 e 2005. Em 2004, o evento mundial foi realizado pela primeira vez fora do Brasil, na Índia. Em 2006, sempre em expansão, o FSM aconteceu de maneira descentralizada em países de três continentes: Mali (África), Paquistão (Ásia) e Venezuela (Américas). Em 2007, voltou a acontecer de maneira central no Quênia (África).
O FSM tornou evidente a capacidade de mobilização que a sociedade civil pode adquirir quando se organiza a partir de novas formas de ação política, caracterizadas pela valorização da diversidade e da co-responsabilidade. O sucesso da primeira edição resultou na criação do Conselho Internacional que, em sua reunião de fundação, aprovou em 2001 uma Carta de Princípios, a fim de garantir a manutenção do FSM como espaço e processo permanentes para a busca e a construção de alternativas ao neoliberalismo. Hoje, são realizados fóruns sociais locais, regionais, nacionais e temáticos em todo o mundo, com base na Carta de Princípios. Em 2008, para marcar esse processo, foi realizado mundialmente no dia 26 de janeiro o Dia Global de Mobilização e Ação.

Resgate da Paz e MEP reunem com Vice-Governador no Rio

NOTÍCIA DO RESGATE DA PAZ E MEP
A convite da articulador (Dep. Nelson) do encontro com o Vice-Governador, hoje às 17h, no Rio, os representantes da Cúria Diocesana (Pe. Juarez Sampaio), dos Movimentos Resgate da Paz e Ética na Politica(MEP) estarão participando do importante enconrto que vai reunir sindicalistas, executivos das prefeituras e legisladores do Sul Fluminense.
O bispo D. João Maria Messi, se encontra em São Paulo, por isso não poderá participar do evento.Vale lembrar que enquanto as lideranças apresentam a situação da crise para o Vice- Governador, de forma cívica e sensata, outros lideres populares realizam um "Ato Público" na Praça Brasil.

Zezinho - MEP

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

PASTORAL CARCERÁRIA DISCUTE SITUAÇÃO DO PRESOS

A notícia do protesto recente ocorrido na Casa de Custódia de Volta Redonda, envolvendo vários presos, será refletida em reunião da Pastoral na quinta feira, dia 29. A informação é da nova Coordenadora da Pastoral Carcerária em Volta Redonda, Sra. Mara Borella.
A Cúria através do Setor Social já sugeriu à recém empossada coordenadora, que solicite um encontro com o Diretor da Casa de Custódia para verem a situação dos acautelados na unidade prisional de Volta Redonda.
O MEP, como órgão subsidiário das relações sócio-políticas da Diocese, poderá participar do encontro, tendo em vista o tema da Campanha da Fraternidade de 2009, cujo lema é "A Paz é fruto da Justiça". Contato Mara Borella - 3339 3217
Zezinho (Cúria Diocesana)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Conto para você refletir...

Paz Perfeita
Certa vez um rei teve de escolher entre duas pinturas, qual mais representava a paz perfeita. A primeira era um lago muito tranqüilo, este lago era um espelho perfeito onde se refletiam algumas plácidas montanhas que o rodeavam, sobre elas encontrava-se um céu muito azul com nuvens brancas. Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita. Já a segunda pintura também tinha montanhas, mas eram escabrosas e não tinham uma só planta, o céu era escuro, tenebroso e dele saíam faíscas de raios e trovões. Tudo isto não era pacífico. Mas, quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás de uma cascata havia um pequeno galho saindo de uma fenda na rocha. Neste galho encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho calmamente sentado no seu ninho. Paz Perfeita. O rei escolheu essa segunda pintura e explicou: "Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas Ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, Permanecemos calmos e tranqüilos no nosso coração. Este é o verdadeiro significado da paz."

EU CREIO...

EU CREIO...
Eu creio num Deus vivo,
que eu procuro mostrar aos outros
Pelo testemunho de minha vida
Pela vivência da caridade fraterna
Pela promoção de meu irmão necessitado.
Eu creio num Deus que vive
Em todos aqueles que lutam pela paz
Em todos aqueles que pregam o amor.
Em todos aqueles
que promovem a união e o progresso...
Eu creio num Deus que se torna visível
No meu irmão.
Que se torna palpável nos meus gestos de amor...
Eu creio num Deus que está conosco
E tem interesse por nós.
Eu creio num Deus que, em Jesus Cristo
Fez uma aliança de salvação e de paz
Com as pessoas de boa vontade.
Eu creio num Deus amigo,
compreensível e libertador.
Eu creio num Deus que perdoa e que ama.
Eu creio num Deus que é caminho
– que eu quero seguir.
Eu creio num Deus que é verdade
– que eu quero aceitar.
Eu creio num Deus que é vida
– que eu quero viver. Amém.

Pesquisa registra voto mais consciente nas Eleições 2008

Pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que 82% dos eleitores e eleitoras entrevistados consideram a ficha limpa do candidato na escolha do voto. O resultado da pesquisa vem ao encontro da Campanha Ficha Limpa, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que pretende impedir a candidatura de políticos em débito com a Justiça.

Duas mil pessoas foram entrevistadas entre os dias 18 e 24 de novembro de 2008, em todo o País, com exceção do Distrito Federal onde não houve pleito. A pesquisa de opinião pública de avaliação da Campanha Vota Brasil 2008, da Justiça Eleitoral, revelou ainda que maioria dos eleitores e eleitoras, 83%, revelou ser atributo importante para a escolha do candidato, o político não ter comprado voto.Outros 81% dos entrevistados, avaliaram ser importante, na escolha do candidato, a não utilização do "caixa dois" durante a campanha.

A respeito do conhecimento que o eleitor e eleitora têm sobre seu candidato, 51% das pessoas entrevistadas declararam que já conheciam o candidato antes de votar, 30% pesquisou sobre o candidato e 20% assumiu que não pesquisou.Para saber mais informações levantadas pela pesquisa, acesse o site do Centro de Divulgação da Justiça Eleitoral.

Para conhecer o Projeto de Lei de iniciativa popular sobre a vida pregressa dos candidatos, visite a página da Campanha Ficha Limpa no site do MCCE.
Fonte: Assessoria de Comunicação SE-MCCE e Centro de Divulgação da Justiça Eleitoral.

Contribuição do Zezinho (Volta Redonda)

sábado, 24 de janeiro de 2009

Elogio à esperança

Que estas palavras não sejam vazias,
Que a minha esperança não seja ilusória,
Que a minha seriedade não me tire o bom humor,
Que o meu jeito de ser não endureça o coração.

Que a minha segurança venha da confiança,
Que a minha missão se abasteça na escuta,
Que a minha riqueza seja a partilha,
Que o meu caminho seja a persistência.

Que a minha ousadia seja realista,
Que os meus sonhos sejam possíveis,
Que as minhas buscas encontrem terreno fértil,
Que a minha maneira de viver seja livre.

Que o meu olhar seja de ternura,
Que a minha paciência seja sábia,
Que o meu amor seja eterno,
Que a minha fé eternize a vida.

Que o meu sorriso seja verdadeiro,
Que o meu amanhã seja de possibilidades,
Que o meu passado fortaleça a caminhada,
Que o meu presente seja completo.

Que a minha prece seja humilde,
Que a minha vida tenha sentido,
Que as minhas amizades sejam autênticas,
Que a minha postura seja de aprendiz.

Que os meus medos sejam superados,
Que os meus desafios sejam enfrentados,
Que os meus limites sejam ultrapassados,
Que o meu projeto de vida seja realizado.

Que a minha história seja fonte de vida,
Que os meus valores sejam de verdade,
Que as minhas relações sejam ternas,
Que a minha consciência seja transparente.
(Canísio Mayer)

FAZER A DIFERENÇA

"Se todos nós fizéssemos as coisas de que somos capazes, ficaríamos espantados conosco mesmos" (Thomas Edison)

Pessoas que fazem a diferença...
Não desistem antes de começar,
Sabem que os problemas são relativos.

Pessoas que fazem a diferença...
Não dão moradia ao desânimo.
Transformam fracassos em lições de vida.

Pessoas que fazem a diferença...
Não se deixam amedrontar.
Alimentam sonhos possíveis.

Pessoas que fazem a diferença...
Aprendem com pessoas vencedoras,
Começam o dia com convicção.

Pessoas que fazem a diferença...
Sabem que a luz vence a escuridão,
Confiam que a esperança não decepciona.

Pessoas que fazem a diferença...
Sabem que o caminho se faz ao caminhar,
Que a vitória é de quem persiste por amor.
(Canísio Mayer)

"Não é porque certas coisas são difíceis que nós não ousamos; é justamente porque não ousamos que tais coisas são difíceis" (Sêneca)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

COMUNICADO ÀS COMUNIDADES

Segue, abaixo, um comunicado do senhor bispo diocesano, Dom João Maria Messi, às comunidades de nossa Igreja Diocesana.

Aos queridos Padres, Diáconos, Religiosas e coordenadores(as) das Comunidades eclesiais, às pastorais e movimentos sociais, paz e alegria no Senhor.
A Igreja Diocesana preocupada com a crise mundial, que se abate sobre a nossa região, causando demissões e desemprego, vem promovendo e acompanhando os debates com as lideranças políticas, empresariais, sindicais e comunitárias.
Desde dezembro de 2008, com a grande manifestação popular contra as demissões, estamos nos reunindo na Cúria Diocesana para discutir e aprofundar propostas concretas para que os trabalhadores não percam seus empregos.
Nesta oportunidade, estamos comunicando que, dando continuidade ao Fórum de Debates sobre o impacto da crise na nossa região, faremos um novo encontro no dia 03/02/09, às 7h da manhã, para conhecermos as proposta concretas.
Por fim, recomendamos às lideranças das comunidades que identifiquem os desempregados(as) de seu bairro e façam visitas de solidariedade às suas famílias.
“Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados” (Mt 5,6)
Volta Redonda, 20 de fevereiro de 2009.
D. João Maria Messi Bispo Diocesano

sábado, 10 de janeiro de 2009

CAUSAS DAS DOENÇAS

CAUSAS DAS DOENÇAS
Quando recebi este e-mail, que publico logo abaixo, fiquei impressionada como "acumulamos" tantas doenças em função dos problemas que vivenciamos no dia-a-dia e não conseguimos resolver ou superar. Por esta mesma razão, a fim de estarmos alertas em relação ao cuidado de nossa saúde - que começa dentro de nós - posto este artigo.

Segundo a psicóloga americana Loise L. Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós. Afirma ela que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo.
"Todas as doenças tem origem num estado de não-perdão. Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar. Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais. Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento".
A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita. Vale a pena tentar evitá-las.

DOENÇAS E SUAS CAUSAS:

AMIGDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.

ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.

APENDICITE: Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.

ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.

ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.

ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.

BRONQUITE: Ambiente família inflamado. Gritos, discussões.

CÂNCER: Magoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.

COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.

DERRAME: Resistência. Rejeição a vida.

DIABETES: Tristeza profunda.

DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.

DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.

ENXAQUECA: Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.

FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.

FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.

GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.

HEMORRÓIDAS: Medo de prazos determinados. Raiva do passado.

HEPATITE: Raiva, ódio. Resistência a mudanças.

INSÔNIA: Medo, culpa.

LABIRINTITE: Medo de não estar no controle.

MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.

NÓDULOS: Ressentimento, frustração. Ego ferido.

PELE (Acne): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.

PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.

PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.

PRESSÃO BAIXA: Falta de amor em criança. Derrotismo.

PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.

PULMÕES: Medo de absorver a vida.

QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.

RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.

REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.

RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.

RINS: Crítica, desapontamento, fracasso.

SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.

TIROÍDE: Humilhação.

TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.

ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.

VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado.

Curioso, não? "Por isso, vamos tomar cuidado com os nosso sentimentos, principalmente daqueles que escondemos de nós", conclui a psicóloga.

Agradecimentos

Obrigado, amigos e companheiros da Caminhada do Povo de Deus. Este espaço é a concretização de um sonho "sonhado junto", em mutirão...
Possamos, de mãos dadas, unificar nossas forças para ver este espaço crescer, com a contribuição de todos.
Precisamos acreditar na força dos Meios de Comunicação para o anúncio da Boa Nova de Jesus. Juntos, podemos tornar este, um espaço democrático e participativo, com a contribuição de todas as comunidades.
Entrem, coloquem-se como "seguidores", deixem aqui a sua foto, visitem a nossa página, opinem, postem a sua mensagem...
Um grande abraço!
Ercília.

Notícia do MEP - Movimento Ética na Política

Vigilância Cívica no MEP
Dia - 12/01, 17 h - Na Sub-sede do Sindicato Metalúrgicos, Retiro Atividade- Participação da Plenária Popular- Sindical para dar continuidade às discussões e ações populares em vista a superação dos efeitos sociais da crise econômica. Promoção do Fórum Demissão Zero -VR.

Dia 13/01, 7h – Na Cúria, Vila santa Cecília Atividade – Participação como assistente do Encontro das lideranças políticas (executivas e privadas), em vista a construção dos termos do Pacto de não às demissões na região. Para o evento o MPT é esperado para atuar como observador. Articulação e apoio da Cúria Diocesana.

16/01. 16h – Na sede do MEP, Niterói Atividade – Plantão de Férias no MEP, objetivo acolher estudantes-candidatos ao Pré e os membros do MEP, em vista a construção de agenda e avaliação das participações do MEP nas últimas atividades sociopolíticas da região. Na ocasião será pesquisado a quantidade estudantes do Pré-vestibular, já aprovados às universidades. Por fim ás 19h os Conselheiros do Movimento definirão às prioridades para 2009. Articulação: Coordenação do MEP.

Nessa semana a secretaria do MEP/Resgate da Paz pesquisará os homicídios ocorridos em 2009.
Contribuição de Zezinho - MEP (Volta Redonda)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

ENCONTRO DAS LIDERANÇAS DA REGIÃO SUL FLUMIMENSE-RJ

RESUMO-SÍTESE DO ENCONTRO DAS LIDERANÇAS DA REGIÃO SUL FLUMIMENSE-RJ, OCORRIDO NA CÚRIA NO DIA 8/01/09, COM O BISPO DIOCESANO D. JOÃO MARIA MESSI.

Foco: “ ...busca de soluções que enfrentem e superem os efeitos sociais da crise econômica, que se abate sobre a cidade e região...cf. D. João Maria Messi.
Encaminhamentos aprovados no encontro
1. Reunião de trabalho na Cúria, terça feira, dia 13/01, ás 7h da manhã. Ocasião em que os prefeitos e representantes das empresas e dos sindicatos discutirão os termos do “Pacto de não às demissão por dois meses.”
2. Agenda de encontro com o governador Sérgio Cabral, para tratar do tema de forma globalizada. Previsão fevereiro 2009.
3. Continuidade às mobilizações populares a cerca da proposta Demissões Zero, participando das plenárias populares. Convite para o 12/01, na Sub-sede do Sindicato dos Metalúrgicos , no Retiro.
Representações Religiosas : católicos, evangélicos, espíritas...
Representações Legislativas: Deputados Delei e Nelson Gonçalves, vereadores Paiva, Neuza, Jordão e Marquinhos(VR), Pedra(RE).
Representações Executivas: Prefeitos de Volta Redonda (e vice), Barra Mansa, Resende, Rio Claro, Pinheiral, Pirai (vice), Itatiaia...
Setor Empresarial: METAL-SUL, ACIAP-VR, CDL-VR, CDL-BM, Sindicato Patronal dos Panificadores, SEBRAE...
Setor Sindical: Metalúrgicos, Engenheiros, Asseio e Conservação, Construção Cível, Professores, Conlutas...
Setor Comunitários/Associativos: Fórum Demissão Zero, FAM, MEP, OAB-VR, Pastores, ONG’S, Padres, Diáconos, Pastorais Sociais, Resgate da Paz, Organização as Mulheres...

Os prefeitos presentes assumiram o compromisso de ampliarem as participações das representações executivas da região, bem como, dos segmentos empresariais, para o dia 13/01, ás 7h na Cúria Diocesana. O bispo D. João e sua equipe mediarão o colóquio.
Volta Redonda, 08 de janeiro de 2009
Registro feito pelo Setor Social da Cúria. José Maria - Secretario do MEP.

Quininha envia Carta, de Roma

Em carta enviada aos amigos, colegas e alunos e alunas do IDT – Instituto Diocesano de Teologia -, Quininha, que está fazendo uma especialização em Roma, explica com detalhes o que faz por lá. Vamos conhecer um pouco de seu itinerário, lendo parte de sua carta, datada de 17/10/2008:


Caros amigos, colegas e alunos/as

A Acolhida na Academia Alfonsiana
“Como estão todos? Estudando e trabalhando muito?! Que bom comunicar-me com vocês! Estou com saudades... mas muito feliz com todas as notícias que ora lhes envio.
Minha chegada à Roma foi tranqüila e sem maiores problemas que uma viagem assim podem trazer. Estou bem acomodada, moro bem perto da Accademia Alfonsiana – 3-5 minutos – e fui muito bem acolhida pelas religiosas e pelas meninas da casa onde moro. "Meninas", por que sou a mais velha de todas as estudantes daqui e, de certo modo fui acolhida como a "mamma" que deixaram, para estudar em Roma, precisando muito de colo. É uma nova experiência".

Os estudos
"Já comecei a estudar. Montei um plano de estudos, ajudada pelo meu moderador (orientador), tentando aproveitar ao máximo as disciplinas da área de Bioética que são oferecidas neste semestre. Faço 7 cursos de temas muito interessantes como: Faço também um História da Moral, AIDS, Eutanásia, Aborto, Pecado e liberdade, o Início da vida, Antropologia cristã e os desafio éticos hoje, Bioética Social e Psicologia da sexualidade curso intensivo de Língua e Cultura Italiana. Como podem observar são temas urgentes para a nossa reflexão teológica".

A língua
"Apesar da dificuldade em falar a língua tenho entendido bem a linguagem dos professores (até já fiz algumas intervenções, coisa não muito comum por aqui) que pedem que lhes solicitemos para falar mais devagarzinho, pois o povo italiano fala muito rápido, dificultando a compreensão por parte dos estrangeiros, que são a maior parte dos alunos, vindos dos quatro cantos do mundo".

Os colegas de turma
"São muitos estudantes aqui; em algumas disciplinas tenho aproximadamente 80-70 colegas: 3 ou 4 freiras, 1 leiga (eu!) e o restante todos padres... Aqui em Roma isso é muito comum. Padres do mundo todo vêm aqui para estudar; vamos torcer para que venham também mais leigos/as".

A Teologia que fazemos
"Alegra-me perceber que a teologia que aí fazemos, aprendemos e ensinamos não está em dissonância com a que tenho visto por aqui; como também me alegro em constatar que a teologia que faz vibrar o coração da nossa Igreja, aqui ensinada, abre-se ao mundo moderno e contemporâneo com as mesmas preocupações que nós aí convivemos. Há reflexões extremamente avançadas na área da Bioética e da Moral cristãs".

A consciência da missão
"Queridos/as, agradeço a todos pelas orações, pelos e-mails, pelo carinho, enfim, pelo apoio que vocês me dão – mesmo estando tão longe – neste momento tão importante em que se misturam a consciência da missão e do discipulado que nos leva a navegar em águas mais profundas, com realização de um sonho que é estar aqui, estudando, num lugar tão cheio de história e de encantamento.
Obrigada e meu carinho”.
Quininha (Roma - outubro de 2008)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

APOIO EXPLÍCITO AO NOSSO BLOG

Temos recebido de diversas pessoas os "parabéns" e "apoio" pela iniciativa. Abaixo, alguns nomes que se manifestaram e contribuíram. Você também pode participar ou comentar. Basta acessar as ferramentas disponíveis na página. Abraços. Ercília.

“Parabéns pela iniciativa” (Zezinho – Volta Redonda - Cúria Diocesana)

“Olá Ercília! Boa tarde! Amei a iniciativa. Se depender de mim, dará muito certo e muitos frutos. Pode contar comigo. Se você achar que é viável "colocar" o Encarte Bíblico de Janeiro e Fevereiro, penso que será bom. Estou enviando...” (Izabel – Volta Redonda - Equipe do CEBI e Professora do IDT)

Ercilia, gostei da idéia. “Se eu quiser fazer aqui na minha paróquia o que preciso fazer? O Padre. Miguel veio para cá de sua Comunidade, estou certa?” Ângela (Paróquia São Benedito – Barra do Piraí)

FORMAÇÃO BÍBLICA - GRUPOS DE REFLEXÃO

O nosso blog já está ampliando os seus "fios" e formando novas redes... Recebemos a contribuição da Equipe bíblica do CEBI diocesano, a quem agradecemos na pessoa de Izabel, e aqui publicamos.
O tema é a reflexão e aprofundamento do "Ano Paulino", que tem como proposta para o estudo nos meses de janeiro e fevereiro a Carta aos Romanos.
Seguem, abaixo, dois círculos bíblicos para o seu aprofundamento.

EDITAL
Queridos amigos da Bíblia dando continuidade às comemorações dos 2 mil anos de nascimento do apóstolo Paulo, nós da Comissão Bíblica Diocesana, trazemos como reflexão para este ano de 2009 a Carta aos Romanos. Para que o estudo dessa carta possa nos acompanhar de perto, iluminando nossa vida, nosso estudo bíblico e nossos trabalhos pastorais, precisamos conhecer melhor a sua mensagem. Para isso é importante termos conhecimento do contexto sócio-político onde a mesma foi escrita.
A Carta de Paulo aos Romanos é o escrito mais amplo, mais complexo e completo. É uma síntese bem elaborada de todo o pensamento teológico de Paulo, por isso, ela é ponto de referência para todos os tratados teológicos. Santo Agostinho em seu livro Confissões – 8,12,23 – diz que converteu-se lendo a Carta aos Romanos. Os temas teológicos tratados na carta e os debates de Paulo com o judaísmo mostram que ele quer corrigir falsas interpretações de suas pregações entre os pagãos. A exposição que faz de suas idéias é muito clara. Mostra que Deus quer salvar toda a humanidade e não somente o povo judeu, e que a salvação veio definitivamente por meio de Jesus Cristo.
Os temas da carta se referem ao contexto dos cristãos imersos em dois ambientes: o confronto com o Império e o confronto com a sinagoga. Os judeus sofriam perseguições, humilhações e medidas restritivas à prática da religião, gerando um ambiente caótico e trágico para os inocentes e indefesos adeptos do cristianismo.
Sob o reinado de Nero (54-66 d.C.), Roma vive um período de muitas tensões, pois ele era imprevisível nas suas decisões. Todo aquele que ousasse rejeitar o culto ao imperador nas festividades era visto como subversivo e passava a ser vigiado na sua conduta.
Roma atraía gente de todos os lados, pois sua imponência e luxo causavam suspenses sem precedentes. Muitos buscavam ali um lugar para trabalhar; outros eram levados cativos para campos de concentração de escravos. A situação política, sob o comando de Nero, causava perplexidade, assombros e receios. A capital atingia uma população superior a um milhão de habitantes, 60% dos quais eram escravos.
Uma pequena elite que dava suporte ao imperador gozava do luxo, das benesses e orgias nas termas, nos anfiteatros e no Coliseu, às custas do sangue dos escravos, muitos deles trazidos das colônias ou dos povos conquistados, e uma grande maioria não conhecia o direito de viver.
A comunidade cristã era formada por alguns judeus, mas sua maior parte por romanos e estrangeiros residentes, muitos escravos. Os cristãos, pelo seu método e doutrina de partilhar o pouco ou quase nada que tinham, eram vistos como suspeitos, sendo por isso, vigiados e considerados os últimos da sociedade romana vivendo entre os mais pobres.
O Imperador Nero, símbolo do poder, não raro, era acometido de convulsões mentais, e quando isso acontecia, as camadas mais pobres “pagavam a conta”. No seu desequilíbrio psicológico e moral, Nero se alegrava em mandar saquear residências, atear fogo nos barracos, suspender pessoas vivas em postes, ao lado de estátuas e pequenos santuários pagãos, colocados ao longo da via Ápia, e queimar seus corpos.
Além dos conflitos externos, eles enfrentam também, internamente outros conflitos, pois a grande maioria dos membros desta comunidade é de pagãos romanos ou gregos, mas há também cristãos vindos do judaísmo, e estes não conseguem libertar-se das tradições dos seus antepassados para abraçar o cristianismo.
Os greco-romanos aderiam ao cristianismo, mas continuavam com muitos cultos e práticas idolátricas, enquanto os judeus se mantinham “amarrados” nas tradições dos antepassados. De ambos os lados havia uma tendência de fincar pé na própria posição, fazendo surgir um radicalismo de separação e segregação dos grupos. Como se não bastasse os problemas com a autoridade política do Império, estes conflitos internos dificultavam o crescimento do Evangelho e a própria organização das comunidades.
A Carta aos Romanos não é apenas a carta mais longa, mas pelas circunstâncias em que foi escrita e pelos seus tratados, ela poderia ser chamada uma carta “católica” ou universal. Esperamos que o presente trabalho possa, de fato, ser útil a todos os que amam a Palavra de Deus e a todas as nossas comunidades.

Marilda Borges Rodrigues da Costa
Comissão Bíblica Diocesana – Regional de Volta Redonda



1º CÍRCULO: Rm 1,18-32

Tema: Deus se manifesta a todos os homens e mulheres!
Lema: “Os homens desprezaram o conhecimento de Deus” (cf. Rm 1,28a)

1 – ACOLHIDA
¯ Ambiente: Cruz, toalha, vela, flores, e Bíblia.
¯ Boas vindas: acolher com atenção todas as pessoas
¯ Canto: Sugestão: Quem nos separará (Cantando a Esperança nº 641)
¯ Agradecer a Santíssima Trindade por nos reunir nesse momento.
¯ Fazer memória do estudo da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios.
2 – UM OLHAR PARA A REALIDADE

Construindo Cidadania
Sem pais, sem casa, sem comida, sozinhos e sem rumo. É assim que muitos vivem em nosso País, e é contra isso que projetos sociais lutam, buscando transformar uma realidade de fome, miséria, drogas e violência, em novos e promissores rumos.
Os projetos sociais alcançam o seu intento quando colocam o cidadão em primeiro lugar, orientando, estimulando, preparando-o para o mercado de trabalho, por meio da inclusão social. Alguns agarram firmes as oportunidades que os projetos sociais trazem, enquanto outros descartam seus benefícios dando margem à criminalidade. São cometidos então crimes hediondos que paralisam a sociedade e mobilizam opiniões.
Parte da população sugere a pena de morte e outra pequena parcela ainda acredita na reabilitação dos criminosos. As instalações penitenciárias degradantes e a superlotação, no entanto, acabam sendo um convite ao crime, e a conseqüência é a reincidência criminal. É necessário, então, que projetos de ressocialização sejam criados para resgatar o indivíduo, incentivando a cidadania e capacitando-os para o convívio na sociedade.
É o que faz a equipe da Fundação Projeto Pescar – educando jovens para a cidadania – que se orgulha da formação que dá aos jovens que vivem em condições precárias tanto familiar quanto financeira, levando-lhes dignidade, auto-estima, aprendizado, evitando, com isso, a perda de identidade e as dificuldades que levam ao mundo do crime. Os jovens que participam do projeto seguram com as duas mãos e realizam seu sonho de consumo, que é simples: ajudar a sua família.
O objetivo do trabalho realizado pela Fundação é resgatar cidadania e envolver empresas na preparação de jovens de baixa renda. Ézio Resende, gerente geral de desenvolvimento do Projeto Pescar diz que: “ nos olhares se vê a esperança e a satisfação dos meninos e das meninas, porque sua auto-estima demonstram uma capacidade para conviver na sociedade de maneira produtiva”. (Texto extraído da Revista Rainha dos Apóstolos, nº 1002, de agosto de 2008).

Para refletir:
1 – O texto que acabamos de ler, diz que parte da população sugere a pena de morte, e outra pequena parcela, ainda acredita na reabilitação dos criminosos . Como você se posiciona? Por quê?
2 – Projetos Sociais e solidariedade caminham juntos. Você acredita nisso?


3 – UM OLHAR PARA A CARTA AOS ROMANOS
No texto que vamos refletir, São Paulo quer nos alertar para dois pontos importantes: Em primeiro lugar, mostra que o caminho para a descoberta de Deus está aberto a todos independente de raça, cor, religião etc. Em segundo lugar, que o campo da revelação de Deus é o mundo e que somente um tolo não descobre Deus presente em cada coisa criada. Quando o ser humano esquece-se de Deus e não o reconhece como único e Absoluto de tudo e de todos, cedo ou tarde acaba substituindo Deus por outras pessoas ou coisas. Trocam a Glória do Deus imortal por pessoas, coisas, dinheiro, vaidades. Paulo quer com isso alertar para o fato de que é por esse caminho que entra a exploração, a injustiça, a imoralidade, a corrupção, enfim, todo o pecado no mundo. Não seguindo e nem amando um Deus pessoal e que exige comprometimento, mas seguindo seus próprios deuses, sem compromisso, sem ética, sem responsabilidade, o ser humano está aberto a todo tipo de perversão e imoralidades.

¯ Leitura do texto Rm 1,18-32
¯ Ler mais duas ou três vezes pausadamente.
¯ Contar o texto com suas palavras.
¯ Destacar uma palavra ou versículo que mais lhe chamou a atenção.
¯ Perguntas para refletir:
1 – Nossa fé expressa o compromisso com a causa de Jesus?
2 – Quando o ser humano não põe Deus como único Absoluto de tudo e de todos, facilmente substitui Deus por outras pessoas ou coisas gerando relações desiguais e injustas. Quais são as conseqüências dessa atitude?
3 – Como descobrimos a presença de Deus no dia-a-dia de nossa vida?


4 – CELEBRANDO A VIDA
1 – Com o Encarte deste mês iniciamos nossos trabalhos pastorais. Rezemos pedindo a Deus muita responsabilidade, coragem e disponibilidade para realizarmos nossos trabalhos ao longo desse ano que se inicia. Rezemos também pedindo discernimento para que possamos viver nosso batismo proclamando ao mundo o amor de Deus e reconhecendo-O como único e Absoluto de tudo. Rezemos ainda pedindo que as férias e o carnaval sejam um tempo de alegria, descanso e encontro com a família. Preces espontâneas.
2 – Rezemos o Salmo 145 (146) – Grande eu proclamo (Cantando a Esperança nº 556)
3 – Oração do Pai Nosso e Canto Final. Sugestão: Estás entre nós (Cantando a Esperança nº 724)
4 – Qual o compromisso que a Palavra de Deus nos pede?
5 – No próximo encarte estaremos refletindo: Rm 2,1-11.



2º CÍRCULO – Rm 2,1-11

Tema: Ninguém é melhor do que ninguém: Não julgue para ser julgado.
Lema: “Deus não faz distinção de pessoas!” (Rm 2,11).


1 – ACOLHIDA
¯ Ambiente: Cruz, toalha, flores, vela e Bíblia.
¯ Boas vindas: acolher com carinho e atenção todas as pessoas.
¯ Canto: Sugestão: Quem nos separará (Cantando a Esperança nº 641)
¯ Agradecer a Santíssima Trindade por nos reunir nesse momento.
¯ Recordar o encontro anterior.

2 – UM OLHAR PARA A REALIDADE
Critérios de julgamentos
Somos, por natureza, julgadores. Julgar faz parte da consciência e da percepção humana. Se não fôssemos capazes de julgar, não distinguiríamos o bem do mal, o certo do errado.
Quem de nós não julga? Quem de nós não emite opiniões sobre coisas, pessoas, fatos, acontecimentos e sobre muitas outras coisas? O problema não é emitir opiniões, julgar. Até aí, não há nada de anormal. O grande problema são os critérios que usamos para o julgamento. Muitas vezes julgamos por impulso, pela primeira reação. Outras vezes julgamos sem conhecimento de causa, ou porque ouvimos falar, ou porque ouvimos dizer. Quantas vezes julgamos sem um mínimo de informação, sem um mínimo de fundamento?
Somos tentados a julgar pelas aparências, pelo modo de vestir, de falar e por circunstâncias externas. Julgamos, muitas vezes, levados pelo ciúme, pela inveja, porque pessoas são diferentes, pensam diversamente de nós. Jesus nos alerta: “Não julgueis pelas aparências” (Jo 24,24). Não poucas vezes julgamos por preconceitos, somos traídos por informações ou comentários de terceiros, que às vezes são mal-intencionados, desinformados.
Mas creio que os maiores erros são cometidos quando julgamos sem conhecer a história da pessoa, suas lutas, sua origem, seu passado, suas características, suas qualidades e particularidades, suas intenções e seus propósitos. Cada pessoa carrega dentro de si um mistério. Só Deus pode julgar com clareza e segurança.
Confesso que já me equivoquei muitas vezes em meus julgamentos, especialmente quando não levei em conta a origem e a história da pessoa. Por exemplo, julguei à primeira vista que uma pessoa é orgulhosa, prepotente, e, depois, aos poucos, ao conhecê-la mais profundamente, percebi que não havia nada de orgulho, era apenas a maneira de ser, herdada dos pais. Existe um ditado que diz que as aparências enganam. E elas enganam tanto para o lado positivo como para o lado negativo.
Há uma recomendação de Jesus: “não julgueis e não sereis julgados” ou “com a medida com que julgardes sereis julgados” (Mt 7,1-3). Creio que, se não é possível evitar os julgamentos, é possível procurar revê-los e reconsiderá-los. (O texto acima foi escrito pelo Pe. Xiko e extraído da Revista Rainha dos Apóstolos, nº 999 de maio/2008).

Para refletir
1 – De acordo com o texto, somos, por natureza, julgadores. Julgar faz parte da consciência e da percepção humana. Se não fôssemos capazes de julgar, não distinguiríamos o bem do mal, o certo do errado. Quem de nós não julga? Você já se sentiu “prejudicado” pelo julgamento equivocado de alguma pessoa?
2 – Baseado em fofocas, em disse-me disse e nas coisas que “viu”, já sentiu que você “julgou mal” uma pessoa? Conte.

3 – UM OLHAR PARA A CARTA AOS ROMANOS
Nesse texto aos romanos Paulo contesta a convicção judaica de que somente eles, judeus, seriam salvos, por serem membros do Povo de Deus, e com isso terem a pretensão de ser superior aos outros, julgando com desprezo. Paulo mostra que de fato eles tiveram a revelação da Lei, formavam o Povo de Deus, tiveram os profetas como guias e mestres na fé e exatamente por isso deveriam ser melhores do que os pagãos, mas ao contrário, era um povo duro de coração e cometia os mesmos pecados que os pagãos cometiam.
Paulo deixa claro que para Deus, o importante é o agir corretamente e praticar o bem, a justiça e o direito. Isso conduz à salvação, e não o fato de pertencer ou não ao povo judeu. O julgamento de Deus será igual para todos, Ele não faz distinção de pessoas, não é arbitrário, e dará a cada um de acordo com o que fez, pois para Deus ninguém é melhor do que ninguém.

¯ Leitura do texto Rm 2,1-11
¯ Ler mais duas ou três vezes pausadamente.
¯ Contar o texto com suas palavras.
¯ Destacar uma palavra ou versículo que mais lhe chamou a atenção.
¯ Perguntas para refletir:
1 – O texto deixa claro que o povo judeu tem a pretensão de ser superior ao povo pagão, por isso julga e condena, pois se considera um povo privilegiado diante de Deus. O que você pensa disso? Ter privilégios ajuda em nossa conversão? Garante a nossa salvação?
2 – Paulo nos ajuda a olhar a fé, inserida nos fatos concretos da vida, e a não fazer distinção entre as pessoas. Como você professa a sua fé?

4 – CELEBRANDO A VIDA
1 – O texto que refletimos hoje deixa claro que para Deus o importante é fazer obras de fé, isto é, a prática do bem e da justiça, e não apenas dizer que se tem fé. Peçamos perdão pelas vezes que julgamos e condenamos as pessoas nos achando melhor que os outros, cantando: Senhor, tende piedade, nº 11 do livro Cantando a Esperança ou fazendo pedidos espontâneos de perdão.
2 – Rezar um Salmo – Sugestão: Salmo 51 (50): Do mundo do pecado para o reino da graça!
3 – Qual o compromisso que a Palavra está pedindo a nós, neste encontro de hoje?
4 – Oração do Pai-Nosso e Canto final – Sugestão: É bom estarmos juntos! (Cantando a Esperança Nº 612).
5 – No próximo encontro será refletido: Rm 2,12-24



3º CÍRCULO – Rm 2,12-24

Tema: A salvação não vem pelo cumprimento da Lei: Deus julga pelo coração.
Lema: “Você se gloria da Lei, mas desonra a Deus, transgredindo a Lei!” (Rm 2,23).

1 – ACOLHIDA
¯ Ambiente: Cruz, toalha, vela, flores, e Bíblia.
¯ Boas Vindas: acolher com carinho todas as pessoas.
¯ Canto: Sugestão: Quem nos separará (Cantando a Esperança nº 641)
¯ Agradecer a Santíssima Trindade por nos reunir nesse encontro.
¯ Recordar o encontro anterior.

2 – UM OLHAR PARA A REALIDADE

Lamaçal
Às vezes sinto que, ao invés de estarmos no globo terrestre, estamos caminhando sobre uma verdadeira e enorme areia movediça. As notícias revelam “laranjas” daqui, “jeitinhos” dali, e as instituições nacionais acabam por espelhar aquilo que a sociedade ainda não conseguiu eliminar ou, pelo menos, diminuir: a corrupção.
Eu posso afirmar que nunca saí por aí com dólares na mala ou escondidos em meus trajes íntimos. E, provavelmente, você também não. Mas e se a acusação for outra? Por exemplo: “Molhar a mão do policial ou fiscal para não levar uma multa (seja no carro, seja no comércio); deixar de cobrar uma nota fiscal para obter um maior desconto; arranjar uns recibos médicos para “incrementar” o Imposto de Renda; Comprar CDs de músicas e DVDs de filmes, todos piratas (afinal o original é muito caro...); se for convidado, topar virar assessor parlamentar (sem trabalhar), “devolvendo” parte (a maior, é claro) de seu salário para o político que o contratou; “esquecer” de devolver o troco dado a mais.
Melhor parar por aqui. Assim como a Economia tem sua visão “micro” e “macro”, acredito que a corrupção também. O ser humano é ganancioso. E sua ganância varia de acordo com a oportunidade que estiver à sua frente. Mas desde o troco da padaria recebido a mais e não devolvido, até a “gratificação” nas licitações para beneficiar alguém específico, a palavra central é: Ética.
Com certeza não há falta de denúncias através da mídia. O problema é que – assim como a violência e o terror são cada vez mais banalizados, pois assistimos a tudo confortavelmente da nossa poltrona em nossas televisões, tomando um gole de refrigerante como se estivéssemos assistindo a um filme –, também aprendemos a assistir às CPI’s “via Embratel” como se fosse mais uma das muitas novelas ou até mesmo um reality show. “Será que alguém vai se estapear? Alguém será xingado?”
Nós, cidadãos, precisamos eliminar a distância entre aqueles que nos representam (ou deveriam fazê-lo). Devemos encarar nossos nobres legisladores, cobrar uma postura ética, visando o bem público e não o bem particular. (Texto escrito por Fábio Davidson e extraído da Revista Ave Maria, de outubro de 2007).

Para refletir:
1 – O que você pensa da opinião do autor do texto acima que foi lido? De acordo com o seu ponto de vista você acha que é correta?
2 – Você se lembra em quais candidatos você deu o seu voto na última eleição? Você seria capaz, teria coragem de fazer denúncias dos políticos, das autoridades que não zelam por uma postura Ética em suas ações? Por quê?

3 – UM OLHAR PARA A CARTA AOS ROMANOS
No texto de hoje, dentro da reflexão sobre o julgamento de Deus, São Paulo lembra dois critérios: Deus julgará pela Lei aqueles que tiveram a Lei, e pelo coração aqueles que não tiveram a Lei ou não a conheceram. Ele diz que não é a Lei que torna justa uma pessoa ou a salva, mas, sim, que é justificado e salvo aquele que pratica as obras da Lei. A Lei de Deus está antes de mais nada escrita no coração do ser humano. E é pelo coração que Deus julgará.
Os princípios gerais, universais, absolutos, que regem o comportamento humano, formam a Ética. Ética não é religião, mas o conjunto de valores humanos essencial ao ser humano. Moral é a vivência da ética dentro de circunstâncias concretas: cultura, educação, religião etc. A Moral nunca é absoluta, é mutável. A Ética, não. O ser humano que não conheceu a Lei expressa será julgado pela Ética, ou lei do coração.
Se o povo judeu era o Povo de Deus, se tinha recebido a Lei, se conhecia a vontade de Deus e pregava aos outros povos, era inadmissível então que vivesse o contrário daquilo em que acreditava e que anunciava. Fazer o contrário é desonrar a Deus e desacreditá-lo diante dos outros povos. Assim, será julgado pela Ética e ainda pela Lei que recebeu, e que veio exatamente para ajudá-lo a observar os princípios morais.

¯ Leitura do texto Rm 2,12-24
¯ Ler mais duas ou três vezes pausadamente.
¯ Contar o texto com suas palavras.
¯ Destacar uma palavra ou versículo que mais lhe chamou a atenção.
¯ Perguntas para refletir:
1 – Quais os principais problemas de relacionamento que Paulo ensina no texto?
2 – No texto Paulo fala de algumas incoerências cometidas pelo povo judeu na vida religiosa. Cite quais são essas incoerências?
3 – Como Paulo exorta a comunidade a enfrentar o perigo da discriminação?


4 – CELEBRANDO A VIDA
1 – Façamos nossas preces sobre o que refletimos no encontro de hoje, lembrando que a salvação do ser humano vem pela ação de seu coração. Não devemos nos esquecer do padroeiro da cidade de Barra Mansa – São Sebastião, em 20 de Janeiro – fazendo memória de sua vida, de seus feitos como cristão que lutou até a morte para defender a sua fé. Após cada invocação dizer o refrão: “Ouve-nos, amado Senhor Jesus!” Deixar que as pessoas se expressem espontaneamente.
2 – Com alegria e entusiasmo vamos cantar ou rezar o Salmo 103 (102): “Deus é Amor”.
3 – Vamos pensar no compromisso que o encontro de hoje nos pede? Não podemos perder de vista toda a questão ética que perpassa a nossa vida, no dia-a-dia.
4 – Rezar um Pai –Nosso e canto final – Sugestão: Os cristãos tinham tudo (Cantando a Esperança nº 475)
5 – No próximo encontro, vamos estudar e refletir: Rm 3,9-20


4º CÍRCULO: Rm 3,9-20

Tema: Todos os seres humanos estão sob o domínio do pecado.
Lema: “Pois a função da Lei é dar consciência do pecado” (Rm 3,20b)


1 – ACOLHIDA
¯ Ambiente: Cruz, toalha, vela, flores, e Bíblia.
¯ Boas vindas: acolhendo a todos com atenção e carinho.
¯ Canto: Sugestão – Quem nos separará (Cantando a Esperança nº 641)
¯ Agradecer a Santíssima Trindade por nos reunir nesse momento.
¯ Recordar o encontro anterior.

2 – UM OLHAR PARA A REALIDADE
Meio Ambiente em nossas mãos
O planeta sobrevive a tudo, está em constante transformação, mas nós seres humanos, não. Vivemos em um contexto econômico no qual ecologicamente correto não combina com o desenvolvimento. O consumismo predomina, e a produção ilimitada e irresponsável prejudica a natureza.
A falta de educação ambiental só aumenta o caos, porque a maioria da população é desprovida de informações, resultando no destino incorreto dos resíduos. As pessoas sem saber o mal que estão gerando, descartam óleo já utilizado na pia ou no vaso sanitário, e pilhas e baterias de celular no lixo.
Diariamente são produzidas 149 mil toneladas de resíduos sólidos no Brasil, mas apenas 13,4 mil (9%) são recicladas, segundo dados do Informe Analítico da Situação da Gestão Municipal de Resíduos Sólidos no Brasil, do Ministério das Cidades. O restante é jogado em aterros sanitários, áreas clandestinas ou simplesmente largado em terrenos baldios e ruas causando sérios problemas para a saúde pública.
Mensalmente são lançadas bilhões de sacolas de plástico no meio ambiente e somente 2% delas são recicladas. As sacolas plásticas têm uma megaprodução e o reaproveitamento delas é muito limitado. A quantidade no solo é muito grande e os seus componentes químicos representam grande degradação, além de demorarem muito tempo para se decompor, cerca de 500 anos.
Cerca de 70% dos sacos plásticos, latas, garrafas e pneus são depositados no fundo do mar. O restante navega pela superfície ou fica preso nos grandes giros oceânicos. Quase todo esse lixo chega aos oceanos levado pelas águas dos rios ou é arrastado pela maré de praias emporcalhadas. São despejadas 675 toneladas de resíduos sólidos por hora no mar – e 70% desse total é constituído de objetos feitos de plástico. Não podemos mais ignorar as conseqüências das ações humanas sobre o nosso meio ambiente.
Diz o artigo 225 da Constituição Federal que: “Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. (Texto extraído da Revista Rainha dos Apóstolos, nº 1003 de setembro/2008 e da Revista Veja, nº 30 de julho/2008).

Para refletir:
1 – Que avaliação você faz dos dados apresentados na reportagem? Você tinha conhecimento de tais informações e o perigo que tudo isso representa para nossa vida?
2 – Você acha que deveria existir leis para combater tal crime? Você se sente responsável?

3 – UM OLHAR PARA A CARTA AOS ROMANOS
No texto que vamos refletir São Paulo compôs um poema feito de retalhos do Antigo Testamento. Com isso ele invoca a Bíblia como grande testemunha da culpa de Israel e dos pagãos. Ele começa o poema citando o Salmo 14,1b-3, comprovando que toda a humanidade se corrompeu. Prossegue com os Salmos 5,10, 140,4. Continua com o Salmo 10,7, com Isaías 59,7-8 e termina com o Salmo 36,2. Essas citações do Antigo Testamento sublinham as duas dimensões da vida de todo ser humano, com Deus e com as pessoas, piedade e justiça ou, de acordo com a denúncia da carta, impiedade e injustiça.
Paulo explica por que escolheu esses trechos da Bíblia: “Sabemos que tudo o que a Lei diz aplica-se aos que vivem debaixo da Lei. Isso para que todos calem a boca, e o mundo inteiro se reconheça culpado diante de Deus” (3,19). Fica assim claro o objetivo da carta até o presente momento: mostrar que toda a humanidade – dividida entre judeus e gregos – é pecadora, independentemente de sua raça ou religião.

¯ Leitura do texto Rm 3,9-20
¯ Ler mais duas ou três vezes pausadamente.
¯ Contar o texto com suas palavras.
¯ Destacar uma palavra ou versículo que mais lhe chamou a atenção.
¯Perguntas para refletir:
1 – O que a carta afirma a respeito da pretensão dos judeus em ser mais importantes que os pagãos?
2 – Os privilégios ajudam as pessoas a ser arrogantes e hipócritas. Comente e dê exemplos.
3 – Por que a Lei pela Lei não pode tornar justas as pessoas?


4 – CELEBRANDO A VIDA
1 – No encontro de hoje, refletimos sobre a questão da natureza. Estamos vendo diariamente pela televisão, o quanto o Meio Ambiente tem sofrido pelo descaso, pela ignorância, pelo pecado do homem. Vamos pedir perdão a Deus e após cada pedido, cantemos: Eu canto a alegria Senhor, de ser perdoado no amor.
¯ Pai de bondade, perdoa-nos por todas as vezes que nos preocupamos com os nossos interesses e danificamos o Meio Ambiente. Cantemos.
¯ Pai de bondade, perdoa-nos pela nossa ignorância em não preservar, com os devidos cuidados, o lugar em que habitamos. Cantemos.
¯ Pai de bondade, perdoa-nos pela ambição desenfreada do ser humano, que busca na natureza os meios para seu enriquecimento, esquecendo que estamos destruindo o patrimônio criado por Deus, para o bem de todos. Cantemos.
¯ Outros pedidos...
2 – Vamos rezar ou cantar o Salmo 25 (24) – Do pecado à conversão.
3 – Qual o compromisso que o encontro de hoje nos pede?
4 – Vamos rezar o Pai Nosso e cantar: Vós sois o Caminho, a Verdade e a vida (Cantando a Esperança nº 610).
5 – No próximo encontro vamos refletir Rm 3,21-31.


BIBLIOGRAFIA

BORTOLINI, José. Como ler A Carta aos Romanos. O Evangelho é a força de Deus que salva. São Paulo: Ed. Paulus, 1997.
MAZZAROLO, Isidoro. Carta de Paulo aos Romanos. Educar para a maturidade e o amor. Rio de Janeiro: Mazzarolo editor, 2006.
STRABELLI, Mauro. Carta aos Romanos. Explicação e atualização. São Paulo: Ed. Paulus, 1997.



Equipe Bíblica Diocesana – Regional de Volta Redonda
José Geraldo Miranda Lima
Maria Izabel de Melo Silva
Marilda Borges Rodrigues da Costa

Volta Redonda, 10 de dezembro de 2008.

ENCONTRO DE LIDERANÇAS EMPRESARIAIS, POLITICAS, SINDICAIS, RELIGIOSAS e ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS

Acabo de receber um convite da Cúria Diocesana, assinado pelo Bispo Dom João Maria Messi, que abaixo transcrevo. O evento visa buscar soluções sobre os efeitos da crise econômica que se abate sobre a cidade e a região Sul Fluminense.

CONVITE
Nessa oportunidade convido Vossa Excelência para participar do ENCONTRO DE LIDERANÇAS EMPRESARIAIS, POLITICAS, SINDICAIS, RELIGIOSAS e ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS a ser realizado no mês de janeiro. O evento objetiva a busca de soluções, que enfrentem e superem os efeitos sociais da crise econômica do momento, que se abate sobre a cidade e a Região Sul Fluminense.
Local: Salão Principal da Cúria Diocesana, na Rua 25 B, nº 44, Vila Santa Cecília, Volta Redonda. Dia: 8 de janeiro de 2009 Hora:10 horas.

Certo da ilustre presença, subscrevo-me com protestos de elevada estima e consideração.
D. João Maria Messi, OSM Bispo Diocesano

Et. A articulação surgiu a partir da Audiência Pública realizada na Câmara Municipal em dezembro. O Pe. Juarez Sampaio deverá será o mediador do inédito encontro

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

EU TENHO UM SONHO...

É muito conhecido o belíssimo texto de Martin Luther King, líder negro na história dos Estados Unidos. As palavras de Martin Luther King, Jr. (1929-1968) foram ouvidas pela América e pelo mundo. Seu famoso discurso, “Eu Tenho um Sonho...” (“I Have a Dream”) simboliza a visão de um mundo mais justo pelo qual King lutou de forma pacífica. Ele foi um dos principais responsáveis pelo fim da segregação racial em seu país.
Sua liderança inspira-nos, durante o ano em que o "lema da paz" volta na Campanha da Fraternidade de 2009.

"Tenho um sonho na alma: um sonho de que há de chegar o dia em que os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos patrões hão de sentar juntos à mesa da fraternidade...
Tenho um sonho na alma: um sonho de que meus quatro filhos um dia vivam numa nação em que sejam julgados não pela cor da pele, mas pelas suas qualidades...
Tenho um sonho na alma: um sonho que há de chegar o dia em que os filhos de Deus, negros e brancos, hebreus e pagãos, protestantes e católicos hão de unir suas mãos para cantar: Livres, enfim! Deus todo-poderoso, somos finalmente livres! "

VOCÊ SABIA?
A palavra SONHO também lembra uma outra conhecida: UTOPIA...
Utopia é palavra que junta duas idéias: Topos significa lugar. A letra U na frente da palavra é resto de um termo que indica negação. Utopia então faz pensar em um NÃO LUGAR, nenhum lugar. Portanto, SONHO.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Blogger: Editar perfil do usuário

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UNIVERSO RELIGIOSO

O padre Zezinho tem uma canção - entre tantas canções que dizem muito - que trata da dimensão ecumênica, do respeito às crenças e do pluralismo religioso existente em nosso mundo. Afinal, todo ser humano tem desejo de Deus, tem sede de Deus... Ao procurá-lo, manifesta a sua crença de diferentes modos. O respeito, a acolhida e a tolerância devem ser frutos de nossa reflexão séria sobre esta procura que o ser humano tem do Transcendente. Santo Agostinho, em uma de suas célebres frases, afirmou: "Inquieto está o nosso coração até que não repouse em ti, Senhor". De fato, a esta experiência do sagrado, do mistério, a que somos chamados a fazer, e que os povos das mais diferentes culturas fazem, é que devemos respeitar e tolerar...
Todos os cristãos e cristãs deveriam ter esta compreensão. Os catequistas, agentes de pastoral, pastores, professores de Ensino Religioso (especialmente, pois lidamos com a diversidade religiosa na sala de aula)... Para compreender isto e também celebrar esta procura, podemos cantar a música IGUAIS.

"Tenho irmãos, tenho irmãs aos milhões
Em outras religiões.

Pensamos diferente, oramos diferente.
Louvamos diferente, mas numa coisa nós somos iguais.
Buscamos o mesmo Deus. Amamos o mesmo Pai.
Queremos o mesmo céu, choramos os mesmos ais.

Falamos diferente, cantamos diferente.
Pregamos diferente, mas numa coisa nós somos iguais.
Buscamos o mesmo amor, queremos a mesma luz
Sofremos a mesma dor, levamos a mesma cruz.

Um dia talvez quem sabe... Um dia talvez quem sabe...
Um dia talvez quem sabe descobriremos
que somos iguais.
Irmão vai ouvir irmão e todos se abraçarão
Nos braços do mesmo Deus
Nos ombros do mesmo Pai"

E então? Quantas reflexões podemos tirar desta canção?
Quantas lições de vida?
É um tema vasto a ser refletido também na catequese,
na pastoral, nos grupos, na sala de aula,
que pode ser acrescido com o assunto ecumenismo, na postagem seguinte.
Se gostaram, dêem-nos o retorno!
Grande abraço!

Ecumenismo - Para que todos sejam um!

A palavra ecumênico
A palavra ecumênico tem sua origem no vocábulo grego oikoumene. Este, por sua vez, é derivado da palavra oikos, que significa casa, lugar onde se vive, espaço onde se desenvolve a vida doméstica, onde as pessoas têm um mínimo de bem-estar. No Novo Testamento, esta palavra é usada em várias ocasiões (ver Mateus 24.14; Lucas 2.1; 4.5; 21.26; Atos 11.28; Romanos 10.18; Hebreus 1.6; 2.5; e Apocalipse 12.9), para se referir ao "mundo inteiro", a "toda a terra", e também ao "mundo vindouro".

Significados
Quando se fala hoje que algo é ecumênico, seu significado quer abranger a toda espécie humana, em sentido universal. Esta universalidade engloba pelo menos as seguintes dimensões:
- geográfica (se estende a todos os lugares e recantos da terra);
- cultural (envolve os povos de diversas culturas ou modos de viver);
- política (considera todos os povos, independentemente do sistema político em que vivam);
- de gênero (supera as discriminações de gênero ou identidade sexual);
- social (supera as discriminações sociais e de classe);
- racial (supera as discriminações raciais ou as decorrentes da cor da pele).
- Em seu significado especificamente religioso, o termo ecumênico representa a unidade da igreja de Cristo que vai além das diferenças geográficas, culturais e políticas entre as diversas igrejas.

Por fim, podemos nos perguntar:
Sou uma pessoas ecumênica? Estabeleço relações ecumênicas com as pessoas? Sou capaz de romper com preconceitos sociais, raciais, religiosos?
Lembremo-nos da oração sacerdotal de Jesus, que pediu ao Pai "Para que todos sejam um"!

Reflexões sobre a Paz

A PAZ é o desejo mais profundo no coração do ser humano, no coração dos povos das mais diferentes culturas. A Bíblia, nos seus diferentes livros, traz inúmeros versículos sobre este tema. Diversas personalidades da história também trataram sobre a paz, por que ela é o "grito" mais profundo e verdadeiro do sentido e da experiência da vida humana...
Falar de paz, num mundo marcado por experiências de guerras, sejam elas quais forem ou como forem, é sempre bem-vindo. "Dou-vos a paz, deixo a minha paz", disse Jesus. Paz! Shalom! Eis o nosso desejo!
Antecipando este tema da Campanha da Fraternidade deste ano de 2009, selecionei algumas frases, que abaixo transcrevo, para a nossa reflexão, sobre este tema tão atual.
Dica de trabalho: Estas frases podem ser trabalhadas nos grupos de reflexão, na catequese, com os jovens... Fazer cartõezinhos com elas. Distribuí-las aos participantes. Pedir para que leiam e depois comentar... etc.
Usem a criatividade!

- "Não existe caminho para a Paz. A Paz é o caminho" (Mahatma Gandhi)

- "Felizes os pacíficos porque serão chamados filhos de Deus" (Pv 12,20)

- "Mais vale um pedaço de pão seco, com a paz, do que uma casa cheia de carnes com discórdia" (Pv 17,1)

- "Tua casa está em perigo quando arde a parede do vizinho" (Horácio 685 aC)

- "Homem nenhum é uma ilha, completa em si; cada homem é uma parte do continente, uma parte do todo" (John Donne)

- "Todos nós somos muitos" (Lya Luft)

- "A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar" (Martin Luther King)

- "A porta mais segura é a que nunca precisa ser trancada" (Provérbio Chinês)

- "Para que o mal triunfe, basta que os bons cruzem os braços" (Edmund Burke)

- "O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente" (Mário Quintana)

- "Permitir uma injustiça significa abrir caminho a todas as que virão depois" (Willy Brandt)

JUVENTUDE - GRANDE DESAFIO PARA A EVANGELIZAÇÃO

O Ano da Juventude - O ano de 2008 a 2009 foi escolhido pela Igreja Diocesana de Barra do Piraí-Volta Redonda como ANO DA JUVENTUDE. Como Igreja somos chamados a ser discípulos - missionários do Senhor. É nossa missão anunciar a alegria de Cristo Ressuscitado no meio de nós!
Presença junto aos jovens - O grande desafio, no entanto, para a nossa Igreja, é fazer-se presente junto a juventude, nos seus espaços, na sua vida e na sua história. Acolher os jovens, conduzí-los e amá-los. Por isto, o tema do Ano da Juventude é "Em Cristo a Juventude que viver" e o Lema "Jesus olhou para o Jovem e o amou" (Mc 10,21).
Abertura Paroquial - Nossa paróquia abriu o Ano da Juventude, em 2008, com um público grande, variado, contando com jovens de diversas comunidades e idades. Que movimentação bonita. Que alegria ver os jovens animados e abertos para a proposta do Reino... Os jovens continuam buscando modelos e referências para orientar e dar sentido às suas vidas.
Assembléia propõe trabalho com Juventude - Com a Assembléia Paroquial, realizada no final de 2008, uma decisão importante: dar continuidade ao Projeto de Acolhida e Evangelização a Juventude, trabalhando em seu favor, falando a sua "linguagem" e entrando em sua cultura. Um Projeto que será concretizado através de diversas convocações e eventos.
Lideranças para o serviço evangelizador - Importa que conquistemos lideranças para "arregaçar" as mangas e assumir este serviço evangelizador. "Com criatividade pastoral é importante apresentar e testemunhar Jesus Cristo dentro da realidade em que vive o jovem hoje e como resposta às suas angústias e aspirações mais profundas. Devemos apresentar Jesus de Nazaré, compartilhando a vida, as esperanças e as angústias de seu Povo" (Puebla, 176).

DEZ MANDAMENTOS DO LÍDER AMIGO

DEZ MANDAMENTOS DO LÍDER AMIGO
1. O SILÊNCIO - Saber ouvir é a primeira grande qualidade do líder.
2. A PERGUNTA - Saber perguntar é um dos caminhos mais diretos para dentro do coração de alguém.
3. A PALAVRA - O líder-amigo tem a palavra certa, no momento certo para a pessoa certa.
4. A DESCOBERTA - O líder-amigo não tem soluções prontas: ele leva o amigo a descobri-las.
5. O INTERESSE - Somente quem se interessa sinceramente por alguém é capaz de conhecê-lo para assumi-lo.
6. A SIMPATIA - Ser ou não ser simpático é uma questão de querer ou não querer o encontro com alguém.
7. A ABERTURA - O líder-amigo é sempre o primeiro a sentir a necessidade do amigo e, buscar com ele uma resposta franca e digna.
8. A HUMILDADE - A humildade e a simplicidade são irmãs gêmeas que abrem as portas de qualquer coração.
9. A CONFIANÇA - Somente quem confia no outro é capaz de penetrar em sua vida.
10. A SINCERIDADE - Tua amizade sincera poderá fazer chorar..., mas somente um amigo sincero poderá ajudar.

Mandamentos para as Relações Humanas

A vida em comunidade supõe acolhimento, respeito, saber conviver com o outro, que é diferente de mim... A grande exigência é o "amor maior", que Jesus inaugurou e pediu para que colocássemos em prática...
Que tal colocar em prática a lista dos mandamentos das Relações Humanas para a nossa vida em comunidade?

RELAÇÕES HUMANAS
1. Fale com as pessoas. Nada há de tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia quando precisamos mais de “sorrisos amáveis”.
2. Sorria para as pessoas. Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir.
3. Chame as pessoas pelo nome. A música mais suave para muitos é ouvir o seu próprio nome.
4. Seja amigo e prestativo. Se você quiser ter amigos, seja amigo.
5. Seja cordial. Fale e aja com toda a sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo prazer.
6. Interesse-se sinceramente pelos outros. Lembre-se que você sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros.
7. Seja generoso em elogiar, cauteloso em criticar. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança e elevar os outros.
8. Saiba considerar os sentimentos dos outros. Existem três lados, uma controvérsia: o seu o do outro, e o lado de quem está certo.
9. Preocupe-se com a opinião dos outros: três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar.
10. Procure apresentar um excelente serviço. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros.

Pessoas são presentes

Cada pessoa que vem até nós é presente, dom de Deus... Importa que estejamos de braços abertos para Acolher, embalar, tratar com carinho, estimar a vida, que é dom e presente do Pai... Abaixo, a reflexão, de autor desconhecido, para animar a nossa espiritualidade do acolhimento.

Pessoas são um presente
Vamos falar de gente, de pessoas... Existe, acaso, algo mais espetacular do que gente? Pessoas são um presente. Algumas tem um embrulho bonito, como os presentes de Natal, Páscoa ou festa de aniversário. Outras vêm em embalagem comum. E há as que ficaram machucadas no correio... De vez em quando uma Registrada. São os presentes valiosos. Algumas pessoas trazem invólucros fáceis. De outras, é dificílimo, quase impossível, tirar a embalagem. É fita durex que não acaba mais... Mas... a embalagem não é o presente. E tantas pessoas se enganam, confundindo a embalagem com o presente..... Por que será que alguns presentes são complicados para a gente abrir? Talvez porque dentro da bonita embalagem haja muito pouco valor. E bastante vazio, bastante solidão. A decepção seria grande. Também você. Também eu. Somos um presente para os outros. Você para mim, eu para você. Triste se formos apenas um presente-embalagem: muito bem empacotado e quase nada, lá dentro! Quando existe verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na abertura, na fraternidade, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de reais presentes. Nos verdadeiros encontros humanos, acontecem coisas muito comoventes e essenciais: mutuamente nós vamos desembrulhando, desempacotando, revelando... Você já experimentou essa imensa alegria da vida? A alegria profunda que nasce da alma, quando duas pessoas se comunicam virando um presente uma para outra? Conteúdo interno é segredo para quem deseja tornar-se Presente aos irmãos de cada estrada e não apenas embalagem... Um presente assim não necessita de embalagem. É a verdadeira alegria que a gente sente e não consegue descrever, só nasce no verdadeiro encontro com alguém. A gente abre, sente e agradece a Deus Pessoas são um presente,você também não acha?

Campanha da Fraternidade 2009

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB - prepara o lançamento de mais uma Campanha da Fraternidade para o tempo litúrgico da Quaresma/2009, que tem como TEMA: Fraternidade e Segurança Pública e LEMA: A paz é fruto da justiça.
Vamos entrando em sintonia com mais esta campanha, com a oração que segue:

Bom é louvar-vos, Senhor, nosso Deus,
que nos abrigais à sombra de vossas asas,
defendeis e protegeis a todos nós, vossa família,
como uma mãe, que cuida e guarda seus filhos.

Nesse tempo em que nos chamais à conversão,
à esmola, ao jejum, à oração e à penitência,
pedimos perdão pela violência e pelo ódio
que geram medo e insegurança.
Senhor, que a vossa graça venha até nós
e transforme nosso coração.

Abençoai a vossa Igreja e o vosso povo,
para que a Campanha da Fraternidade
seja um forte instrumento de conversão.
Sejam criadas as condições necessárias
para que todos vivamos em segurança,
na paz e na justiça que desejais.
Amém.

Mensagem de Paz

Na liturgia da Igreja celebra-se em 1º de Janeiro o Dia Mundial da Paz e a Festa de Santa Maria Mãe de Deus. Para este dia, todos os anos, o Papa lança uma mensagem, que neste ano tem como tema "Combater a pobreza, construir a Paz". Acompanhe a mensagem logo abaixo.

MENSAGEM DE SUA SANTIDADEBENTO XVIPARA A CELEBRAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA PAZ
1 DE JANEIRO DE 2009

COMBATER A POBREZA, CONSTRUIR A PAZ

1. Desejo, também no início deste novo ano, fazer chegar os meus votos de paz a todos e, com esta minha Mensagem, convidá-los a reflectir sobre o tema: Combater a pobreza, construir a paz. Já o meu venerado antecessor João Paulo II, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, sublinhara as repercussões negativas que acaba por ter sobre a paz a situação de pobreza em que versam populações inteiras. De facto, a pobreza encontra-se frequentemente entre os factores que favorecem ou agravam os conflitos, mesmo os conflitos armados. Estes últimos, por sua vez, alimentam trágicas situações de pobreza. « Vai-se afirmando (...), com uma gravidade sempre maior – escrevia João Paulo II –, outra séria ameaça à paz: muitas pessoas, mais ainda, populações inteiras vivem hoje em condições de extrema pobreza. A disparidade entre ricos e pobres tornou-se mais evidente, mesmo nas nações economicamente mais desenvolvidas. Trata-se de um problema que se impõe à consciência da humanidade, visto que as condições em que se encontra um grande número de pessoas são tais que ofendem a sua dignidade natural e, consequentemente, comprometem o autêntico e harmónico progresso da comunidade mundial ».(1)
2. Neste contexto, combater a pobreza implica uma análise atenta do fenómeno complexo que é a globalização. Tal análise é já importante do ponto de vista metodológico, porque convida a pôr em prática o fruto das pesquisas realizadas pelos economistas e sociólogos sobre tantos aspectos da pobreza. Mas a evocação da globalização deveria revestir também um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único projecto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos – indivíduos, povos e nações – regulem o seu comportamento segundo os princípios de fraternidade e responsabilidade.
Em tal perspectiva, é preciso ter uma visão ampla e articulada da pobreza. Se esta fosse apenas material, para iluminar as suas principais características, seriam suficientes as ciências sociais que nos ajudam a medir os fenómenos baseados sobretudo em dados de tipo quantitativo. Sabemos porém que existem pobrezas imateriais, isto é, que não são consequência directa e automática de carências materiais. Por exemplo, nas sociedades ricas e avançadas, existem fenómenos de marginalização, pobreza relacional, moral e espiritual: trata-se de pessoas desorientadas interiormente, que, apesar do bem-estar económico, vivem diversas formas de transtorno. Penso, por um lado, no chamado « subdesenvolvimento moral » (2) e, por outro, nas consequências negativas do « superdesenvolvimento ».(3) Não esqueço também que muitas vezes, nas sociedades chamadas « pobres », o crescimento económico é entravado por impedimentos culturais, que não permitem uma conveniente utilização dos recursos. Seja como for, não restam dúvidas de que toda a forma de pobreza imposta tem, na sua raiz, a falta de respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. Quando o homem não é visto na integridade da sua vocação e não se respeitam as exigências duma verdadeira « ecologia humana »,(4) desencadeiam-se também as dinâmicas perversas da pobreza, como é evidente em alguns âmbitos sobre os quais passo a deter brevemente a minha atenção.
Pobreza e implicações morais
3. A pobreza aparece muitas vezes associada, como se fosse sua causa, com o desenvolvimento demográfico. Em consequência disso, realizam-se campanhas de redução da natalidade, promovidas a nível internacional, até com métodos que não respeitam a dignidade da mulher nem o direito dos esposos a decidirem responsavelmente o número dos filhos (5) e que muitas vezes – facto ainda mais grave – não respeitam sequer o direito à vida. O extermínio de milhões de nascituros, em nome da luta à pobreza, constitui na realidade a eliminação dos mais pobres dentre os seres humanos. Contra tal presunção, fala o dado seguinte: enquanto, em 1981, cerca de 40% da população mundial vivia abaixo da linha de pobreza absoluta, hoje tal percentagem aparece substancialmente reduzida a metade, tendo saído da pobreza populações caracterizadas precisamente por um incremento demográfico notável. O dado agora assinalado põe em evidência que existiriam os recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso de um crescimento da população. E não se há-de esquecer que, desde o fim da segunda guerra mundial até hoje, a população da terra cresceu quatro mil milhões e tal fenómeno diz respeito, em larga medida, a países que surgiram recentemente na cena internacional como novas potências económicas e conheceram um rápido desenvolvimento graças precisamente ao elevado número dos seus habitantes. Além disso, dentre as nações que mais se desenvolveram, aquelas que detêm maiores índices de natalidade gozam de melhores potencialidades de progresso. Por outras palavras, a população confirma-se como uma riqueza e não como um factor de pobreza.
4. Outro âmbito de preocupação são as pandemias, como por exemplo a malária, a tuberculose e a SIDA, pois, na medida em que atingem os sectores produtivos da população, influem enormemente no agravamento das condições gerais do país. As tentativas para travar as consequências destas doenças na população nem sempre alcançam resultados significativos. E sucede além disso que os países afectados por algumas dessas pandemias se vêem, ao querer enfrentá-las, sujeitos a chantagem por parte de quem condiciona a ajuda económica à actuação de políticas contrárias à vida. Sobretudo a SIDA, dramática causa de pobreza, é difícil combatê-la se não se enfrentarem as problemáticas morais associadas com a difusão do vírus. É preciso, antes de tudo, fomentar campanhas que eduquem, especialmente os jovens, para uma sexualidade plenamente respeitadora da dignidade da pessoa; iniciativas realizadas nesta linha já deram frutos significativos, fazendo diminuir a difusão da SIDA. Depois há que colocar à disposição também das populações pobres os remédios e os tratamentos necessários; isto supõe uma decidida promoção da pesquisa médica e das inovações terapêuticas e, quando for preciso, uma aplicação flexível das regras internacionais de protecção da propriedade intelectual, de modo que a todos fiquem garantidos os necessários tratamentos sanitários de base.
5. Terceiro âmbito, que é objecto de atenção nos programas de luta contra a pobreza e que mostra a sua intrínseca dimensão moral, é a pobreza das crianças. Quando a pobreza atinge uma família, as crianças são as suas vítimas mais vulneráveis: actualmente quase metade dos que vivem em pobreza absoluta é constituída por crianças. O facto de olhar a pobreza colocando-se da parte das crianças induz a reter como prioritários os objectivos que mais directamente lhes dizem respeito, como por exemplo os cuidados maternos, o serviço educativo, o acesso às vacinas, aos cuidados médicos e à água potável, a defesa do ambiente e sobretudo o empenho na defesa da família e da estabilidade das relações no seio da mesma. Quando a família se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crianças. Onde não é tutelada a dignidade da mulher e da mãe, a ressentir-se do facto são de novo principalmente os filhos.
6. Quarto âmbito que, do ponto de vista moral, merece particular atenção é a relação existente entre desarmamento e progresso. Gera preocupação o actual nível global de despesa militar. É que, como já tive ocasião de sublinhar, « os ingentes recursos materiais e humanos empregados para as despesas militares e para os armamentos, na realidade, são desviados dos projectos de desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais pobres e necessitados de ajuda. E isto está contra o estipulado na própria Carta das Nações Unidas, que empenha a comunidade internacional, e cada um dos Estados em particular, a ‘‘promover o estabelecimento e a manutenção da paz e da segurança internacional com o mínimo dispêndio dos recursos humanos e económicos mundiais para os armamentos'' (art. 26) ».(6)
Uma tal conjuntura, longe de facilitar, obstaculiza seriamente a consecução dos grandes objectivos de desenvolvimento da comunidade internacional. Além disso, um excessivo aumento da despesa militar corre o risco de acelerar uma corrida aos armamentos que provoca faixas de subdesenvolvimento e desespero, transformando-se assim, paradoxalmente, em factor de instabilidade, tensão e conflito. Como sensatamente afirmou o meu venerado antecessor Paulo VI, « o desenvolvimento é o novo nome da paz ».(7) Por isso, os Estados são chamados a fazer uma séria reflexão sobre as razões mais profundas dos conflitos, frequentemente atiçados pela injustiça, e a tomar providências com uma corajosa autocrítica. Se se chegar a uma melhoria das relações, isso deverá consentir uma redução das despesas para armamentos. Os recursos poupados poderão ser destinados para projectos de desenvolvimento das pessoas e dos povos mais pobres e necessitados: o esforço despendido em tal direcção é um serviço à paz no seio da família humana.
7. Quinto âmbito na referida luta contra a pobreza material diz respeito à crise alimentar actual, que põe em perigo a satisfação das necessidades de base. Tal crise é caracterizada não tanto pela insuficiência de alimento, como sobretudo pela dificuldade de acesso ao mesmo e por fenómenos especulativos e, consequentemente, pela falta de um reajustamento de instituições políticas e económicas que seja capaz de fazer frente às necessidades e às emergências. A má nutrição pode também provocar graves danos psicofísicos nas populações, privando muitas pessoas das energias de que necessitam para sair, sem especiais ajudas, da sua situação de pobreza. E isto contribui para alargar a distância angular das desigualdades, provocando reacções que correm o risco de tornar-se violentas. Todos os dados sobre o andamento da pobreza relativa nos últimos decénios indicam um aumento do fosso entre ricos e pobres. Causas principais de tal fenómeno são, sem dúvida, por um lado a evolução tecnológica, cujos benefícios se concentram na faixa superior da distribuição do rendimento, e por outro a dinâmica dos preços dos produtos industriais, que crescem muito mais rapidamente do que os preços dos produtos agrícolas e das matérias primas na posse dos países mais pobres. Isto faz com que a maior parte da população dos países mais pobres sofra uma dupla marginalização, ou seja, em termos de rendimentos mais baixos e de preços mais altos.
Luta contra a pobreza e solidariedade global
8. Uma das estradas mestras para construir a paz é uma globalização que tenha em vista os interesses da grande família humana.(8) Mas, para guiar a globalização é preciso uma forte solidariedade global (9) entre países ricos e países pobres, como também no âmbito interno de cada uma das nações, incluindo ricas. É necessário um « código ético comum »,(10) cujas normas não tenham apenas carácter convencional mas estejam radicadas na lei natural inscrita pelo Criador na consciência de todo o ser humano (cf. Rm 2, 14-15). Porventura não sente cada um de nós, no íntimo da consciência, o apelo a dar a própria contribuição para o bem comum e a paz social? A globalização elimina determinadas barreiras, mas isto não significa que não possa construir outras novas; aproxima os povos, mas a proximidade geográfica e temporal não cria, de per si, as condições para uma verdadeira comunhão e uma paz autêntica. A marginalização dos pobres da terra só pode encontrar válidos instrumentos de resgate na globalização, se cada homem se sentir pessoalmente atingido pelas injustiças existentes no mundo e pelas violações dos direitos humanos ligadas com elas. A Igreja, que é « sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o género humano »,(11) continuará a dar a sua contribuição para que sejam superadas as injustiças e incompreensões e se chegue a construir um mundo mais pacífico e solidário.
9. No campo do comércio internacional e das transacções financeiras, temos hoje em acção processos que permitem integrar positivamente as economias, contribuindo para o melhoramento das condições gerais; mas há também processos de sentido oposto, que dividem e marginalizam os povos, criando perigosas premissas para guerras e conflitos. Nos decénios posteriores à segunda guerra mundial, o comércio internacional de bens e serviços cresceu de forma extraordinariamente rápida, com um dinamismo sem precedentes na história. Grande parte do comércio mundial interessou os países de antiga industrialização, vindo significativamente juntar-se-lhes muitos países que sobressaíram tornando-se relevantes. Mas há outros países de rendimento baixo que estão ainda gravemente marginalizados dos fluxos comerciais. O seu crescimento ressentiu-se negativamente com a rápida descida verificada, nos últimos decénios, nos preços dos produtos primários, que constituem a quase totalidade das suas exportações. Nestes países, em grande parte africanos, a dependência das exportações de produtos primários continua a constituir um poderoso factor de risco. Quero reiterar aqui um apelo para que todos os países tenham as mesmas possibilidades de acesso ao mercado mundial, evitando exclusões e marginalizações.
10. Idêntica reflexão pode fazer-se a propósito do mercado financeiro, que toca um dos aspectos primários do fenómeno da globalização, devido ao progresso da electrónica e às políticas de liberalização dos fluxos de dinheiro entre os diversos países. A função objectivamente mais importante do mercado financeiro, que é a de sustentar a longo prazo a possibilidade de investimentos e consequentemente de desenvolvimento, aparece hoje muito frágil: sofre as consequências negativas de um sistema de transacções financeiras – a nível nacional e global – baseadas sobre uma lógica de brevíssimo prazo, que busca o incremento do valor das actividades financeiras e se concentra na gestão técnica das diversas formas de risco. A própria crise recente demonstra como a actividade financeira seja às vezes guiada por lógicas puramente auto-referenciais e desprovidas de consideração pelo bem comum a longo prazo. O nivelamento dos objectivos dos operadores financeiros globais para o brevíssimo prazo reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua função de ponte entre o presente e o futuro: apoio à criação de novas oportunidades de produção e de trabalho a longo prazo. Uma actividade financeira confinada no breve e brevíssimo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira.(12)
11. Segue-se de tudo isto que a luta contra a pobreza requer uma cooperação nos planos económico e jurídico que permita à comunidade internacional e especialmente aos países pobres individuarem e actuarem soluções coordenadas para enfrentar os referidos problemas através da realização de um quadro jurídico eficaz para a economia. Além disso, requer estímulos para se criarem instituições eficientes e participativas, bem como apoios para lutar contra a criminalidade e promover uma cultura da legalidade. Por outro lado, não se pode negar que, na origem de muitos falimentos na ajuda aos países pobres, estão as políticas vincadamente assistencialistas. Investir na formação das pessoas e desenvolver de forma integrada uma cultura específica da iniciativa parece ser actualmente o verdadeiro projecto a médio e longo prazo. Se as actividades económicas precisam de um contexto favorável para se desenvolver, isto não significa que a atenção se deva desinteressar dos problemas do rendimento. Embora se tenha oportunamente sublinhado que o aumento do rendimento pro capite não pode de forma alguma constituir o fim da acção político-económica, todavia não se deve esquecer que o mesmo representa um instrumento importante para se alcançar o objectivo da luta contra a fome e contra a pobreza absoluta. Deste ponto de vista, seja banida a ilusão de que uma política de pura redistribuição da riqueza existente possa resolver o problema de maneira definitiva. De facto, numa economia moderna, o valor da riqueza depende em medida determinante da capacidade de criar rendimento presente e futuro. Por isso, a criação de valor surge como um elo imprescindível, que se há- de ter em conta se se quer lutar contra a pobreza material de modo eficaz e duradouro.
12. Colocar os pobres em primeiro lugar implica, finalmente, que se reserve espaço adequado para uma correcta lógica económica por parte dos agentes do mercado internacional, uma correcta lógica política por parte dos agentes institucionais e uma correcta lógica participativa capaz de valorizar a sociedade civil local e internacional. Hoje os próprios organismos internacionais reconhecem o valor e a vantagem das iniciativas económicas da sociedade civil ou das administrações locais para favorecer o resgate e a integração na sociedade daquelas faixas da população que muitas vezes estão abaixo do limiar de pobreza extrema mas, ao mesmo tempo, dificilmente se consegue fazer-lhes chegar as ajudas oficiais. A história do progresso económico do século XX ensina que boas políticas de desenvolvimento são confiadas à responsabilidade dos homens e à criação de positivas sinergias entre mercados, sociedade civil e Estados. Particularmente a sociedade civil assume um papel crucial em todo o processo de desenvolvimento, já que este é essencialmente um fenómeno cultural e a cultura nasce e se desenvolve nos diversos âmbitos da vida civil.(13)
13. Como observava o meu venerado antecessor João Paulo II, a globalização « apresenta-se com uma acentuada característica de ambivalência »,(14) pelo que há- de ser dirigida com clarividente sabedoria. Faz parte de tal sabedoria ter em conta primariamente as exigências dos pobres da terra, superando o escândalo da desproporção que se verifica entre os problemas da pobreza e as medidas predispostas pelos homens para os enfrentar. A desproporção é de ordem tanto cultural e política como espiritual e moral. De facto, tais medidas detêm-se frequentemente nas causas superficiais e instrumentais da pobreza, sem chegar às que se abrigam no coração humano, como a avidez e a estreiteza de horizontes. Os problemas do desenvolvimento, das ajudas e da cooperação internacional são às vezes enfrentados sem um verdadeiro envolvimento das pessoas, mas apenas como questões técnicas que se reduzem à preparação de estruturas, elaboração de acordos tarifários, atribuição de financiamentos anónimos. Inversamente, a luta contra a pobreza precisa de homens e mulheres que vivam profundamente a fraternidade e sejam capazes de acompanhar pessoas, famílias e comunidades por percursos de autêntico progresso humano.
Conclusão
14. Na Encíclica Centesimus annus, João Paulo II advertia para a necessidade de « abandonar a mentalidade que considera os pobres – pessoas e povos – como um fardo e como importunos maçadores, que pretendem consumir tudo o que os outros produziram ». « Os pobres – escrevia ele – pedem o direito de participar no usufruto dos bens materiais e de fazer render a sua capacidade de trabalho, criando assim um mundo mais justo e mais próspero para todos ».(15) No mundo global de hoje, resulta de forma cada vez mais evidente que só é possível construir a paz, se se assegurar a todos a possibilidade de um razoável crescimento: de facto, as consequências das distorções de sistemas injustos, mais cedo ou mais tarde, fazem-se sentir sobre todos. Deste modo, só a insensatez pode induzir a construir um palácio dourado, tendo porém ao seu redor o deserto e o degrado. Por si só, a globalização não consegue construir a paz; antes, em muitos casos, cria divisões e conflitos. A mesma põe a descoberto sobretudo uma urgência: a de ser orientada para um objectivo de profunda solidariedade que aponte para o bem de cada um e de todos. Neste sentido, a globalização há-de ser vista como uma ocasião propícia para realizar algo de importante na luta contra a pobreza e colocar à disposição da justiça e da paz recursos até agora impensáveis.
15. Desde sempre se interessou pelos pobres a doutrina social da Igreja. Nos tempos da Encíclica Rerum novarum, pobres eram sobretudo os operários da nova sociedade industrial; no magistério social de Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II, novas pobrezas foram vindo à luz à medida que o horizonte da questão social se alargava até assumir dimensões mundiais.(16) Este alargamento da questão social à globalidade não deve ser considerado apenas no sentido duma extensão quantitativa mas também dum aprofundamento qualitativo sobre o homem e as necessidades da família humana. Por isso a Igreja, ao mesmo tempo que segue com atenção os fenómenos actuais da globalização e a sua incidência sobre as pobrezas humanas, aponta os novos aspectos da questão social, não só em extensão mas também em profundidade, no que se refere à identidade do homem e à sua relação com Deus. São princípios de doutrina social que tendem a esclarecer os vínculos entre pobreza e globalização e a orientar a acção para a construção da paz. Dentre tais princípios, vale a pena recordar aqui, de modo particular, o « amor preferencial pelos pobres »,(17) à luz do primado da caridade testemunhado por toda a tradição cristã a partir dos primórdios da Igreja (cf. Act 4, 32-37; 1 Cor 16, 1; 2 Cor 8-9; Gal 2, 10).
« Cada um entregue-se à tarefa que lhe incumbe com a maior diligência possível » – escrevia em 1891 Leão XIII, acrescentando: « Quanto à Igreja, a sua acção não faltará em nenhum momento ».(18) Esta consciência acompanha hoje também a acção da Igreja em favor dos pobres, nos quais vê Cristo,(19) sentindo ressoar constantemente em seu coração o mandato do Príncipe da paz aos Apóstolos: « Vos date illis manducare – dai-lhes vós mesmos de comer » (Lc 9, 13). Fiel a este convite do seu Senhor, a Comunidade Cristã não deixará, pois, de assegurar o seu apoio à família humana inteira nos seus impulsos de solidariedade criativa, tendentes não só a partilhar o supérfluo, mas sobretudo a alterar « os estilos de vida, os modelos de produção e de consumo, as estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades ».(20) Assim, a cada discípulo de Cristo bem como a toda a pessoa de boa vontade, dirijo, no início de um novo ano, um caloroso convite a alargar o coração às necessidades dos pobres e a fazer tudo o que lhe for concretamente possível para ir em seu socorro. De facto, aparece como indiscutivelmente verdadeiro o axioma « combater a pobreza é construir a paz ».
Vaticano, 8 de Dezembro de 2008.
BENEDICTUS PP. XVI


(1) Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, 1.
(2) Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 19.
(3) João Paulo II, Carta enc. Sollicitudo rei socialis, 28.
(4) João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 38.
(5) Cf. Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 37; João Paulo II, Carta enc. Sollicitudo rei socialis, 25.
(6) Bento XVI, Carta ao Cardeal Renato Rafael Martino por ocasião do Seminário Internacional organizado pelo Conselho Pontifício « Justiça e Paz » sobre o tema « Desarmamento, desenvolvimento e paz. Perspectivas para um desarmamento integral », 10 de Abril de 2008: L'Osservatore Romano (13/IV/2008), p. 8.
(7) Carta enc. Populorum progressio, 87.
(8) Cf. João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 58.
(9) Cf. João Paulo II, Discurso na Audiência às Associações Cristãs de Trabalhadores Italianos [ACLI] (27 de Abril de 2002), 4: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XXV/1 [2002], 637.
(10) João Paulo II, Discurso à Assembleia Plenária da Academia Pontifícia das Ciências Sociais (27 de Abril de 2001), 4: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XXIV/1 [2001], 802.
(11) Concílio Ecum. Vaticano II, Const. dogm. Lumen gentium, 1.
(12) Cf. Conselho Pontifício « Justiça e Paz », Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 368.
(13) Cf. ibid., 356.
(14) Discurso na Audiência a Dirigentes de Sindicatos de Trabalhadores e de grandes Empresas, (2 de Maio de 2000), 3: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XXIII/1 [2000], 726.
(15) N. 28.
(16) Cf. Paulo VI, Carta enc. Populorum progressio, 3.
(17) João Paulo II, Carta enc. Sollicitudo rei socialis, 42; cf. Carta enc. Centesimus annus, 57.
(18) Leão XIII, Carta enc. Rerum novarum, 45.
(19) Cf. João Paulo II, Carta enc. Centesimus annus, 58.
(20) Ibid., 58.