O texto que segue, abaixo, é uma boa motivação para trabalharmos o tema da criação, na catequese, apontando para os símbolos do livro do Gênesis, ultrapassando uma linguagem fundamentalista do mesmo.
Uma boa opção, seria colocar os catequizandos em contato com a argila; solicitando, ao mesmo tempo, que pudessem criar um objeto/símbolo a partir da argila: que pode ser do mundo que desejam... Após os símbolos criados, solicitar que os participantes falem para que todos ouçam... Depois, é só fazer uma bonita exposição com os mesmos objetos. E, claro, fazer uma leitura do texto que segue para descobrir a linguagem literária da criação.
Bom trabalho para todos!
Uma criança, depois de haver participado de uma missa em sua comunidade, na qual narrava-se a criação do primeiro homem e da primeira mulher, perguntou à mãe:
Filha - Mãe, é verdade que eu sou feita de barro?!
Mãe – Filhinha, quando no livro do Gênesis, que é o primeiro livro da Bíblia, lemos que fomos feitos do barro, precisamos captar qual a mensagem que o autor nos quis transmitir. Em primeiro lugar, filhinha, com o barro nós podemos fazer qualquer coisa. Não é verdade? Assim somos nós. Somos maleáveis, moldáveis; somos matéria aberta a qualquer possibilidade. O que você será na vida? Nosso destino está em nossas mãos. Podemos orientar nossa vida para o bem ou para o mal. Assim como o barro nas mãos do artista, nós precisamos deixar que Deus atue em nossas vidas e vá, aos poucos, modelando-a, tornando nossa vida bonita.
Filha – Como é que Deus atua em nossas vidas?
Mãe – Olhando para a história da Criação e da humanidade toda, nós percebemos que Deus é amor, que cria por amor, cria porque quer comunicar-se, cria porque nos quer bem. Olhando mais de pertinho para Deus, através de seu Filho Jesus, nós percebemos que onde existe o amor, a solidariedade, a misericórdia e a justiça, que promove a paz, aí Deus está atuante. Assim, minha querida, toda vez que você praticar o bem e for justa com as pessoas e toda vez que você souber perdoar as pessoas, dando a elas a oportunidade de sempre de novo começar a viver com alegria a vida, então sim, Deus estará agindo em sua vida e na vida dos outros, através de você.
Filha – Mãe, mas porque a gente faz tanta coisa errada?
Mãe – Pense, filhinha, nas casinhas de barro que você faz. Elas são tão frágeis!!! O barro é frágil, ele é quebradiço. Quando o autor do texto diz que nós fomos feitos do barro, ele quer dizer, em segundo lugar, que nós somos frágeis, limitados, e que, por isso, podemos cometer erros. Nós somos comparados a um vaso de argila, um vaso de barro, que carrega dentro de si um enorme tesouro, que é a vida de Deus em nós.
Filha – E Deus sempre perdoa os nossos erros? Ele não perde a paciência com a gente?
Mãe – Quando a sua casinha de barro seca e quebra, o que você faz?
Filha – Eu molho o barro com água e começo a construir a casinha de novo!
Mãe – É exatamente assim que Deus age conosco. Nós somos barro, quando quebramos é só jogar água, porque o barro é reconstruível; sempre é tempo de recomeçar.
Filha – Como assim, “é só jogar água na gente!?” Não entendi isso!!!
Mãe – A água refaz o barro e o deixa em condições de receber nova forma. Quando estamos cansados, tristes, sem esperança num futuro... Melhor, quando entregamos os pontos e não queremos mais continuar a lutar, ou quando você encontra tantas pessoas que foram jogadas à beira do caminho, feito barro despedaçado... só há um jeito de devolver a elas e a nós mesmos a verdadeira vida: a misericórdia e a bondade que acolhe e nos devolve a alegria, a esperança de viver. É preciso estender a mão para que o outro, que está quebrado como o barro, possa de novo viver.
Filha – Entendi, mãe! Quer dizer que nós precisamos dos outros e eles precisam da gente!
Mãe – “O barro não tem liga?” Ele não se “gruda” no outro? Assim somos nós. Nós não somos uma ilha que vive sozinha e isolada. Precisamos uns dos outros. Barro mais barro formando tijolos, construindo templos, hospedando Deus.
Filha – Que legal, mãe, entendi o que quer dizer que somos feitos de barro!
Mãe – Olha, filha, tem mais uma coisa que quero lhe dizer. O barro é uma mistura de terra e água. Nós também somos uma mistura, uma mistura de corpo e alma, a gente não precisa só de comida para alimentar o nosso corpo. Não é verdade? Todos queremos e buscamos também beleza, carinho, alegria, perdão... Assim, através dessas coisas, o nosso espírito que é espírito de Deus vai se alimentando e crescendo em nós. (Celito Méier)
Filha - Mãe, é verdade que eu sou feita de barro?!
Mãe – Filhinha, quando no livro do Gênesis, que é o primeiro livro da Bíblia, lemos que fomos feitos do barro, precisamos captar qual a mensagem que o autor nos quis transmitir. Em primeiro lugar, filhinha, com o barro nós podemos fazer qualquer coisa. Não é verdade? Assim somos nós. Somos maleáveis, moldáveis; somos matéria aberta a qualquer possibilidade. O que você será na vida? Nosso destino está em nossas mãos. Podemos orientar nossa vida para o bem ou para o mal. Assim como o barro nas mãos do artista, nós precisamos deixar que Deus atue em nossas vidas e vá, aos poucos, modelando-a, tornando nossa vida bonita.
Filha – Como é que Deus atua em nossas vidas?
Mãe – Olhando para a história da Criação e da humanidade toda, nós percebemos que Deus é amor, que cria por amor, cria porque quer comunicar-se, cria porque nos quer bem. Olhando mais de pertinho para Deus, através de seu Filho Jesus, nós percebemos que onde existe o amor, a solidariedade, a misericórdia e a justiça, que promove a paz, aí Deus está atuante. Assim, minha querida, toda vez que você praticar o bem e for justa com as pessoas e toda vez que você souber perdoar as pessoas, dando a elas a oportunidade de sempre de novo começar a viver com alegria a vida, então sim, Deus estará agindo em sua vida e na vida dos outros, através de você.
Filha – Mãe, mas porque a gente faz tanta coisa errada?
Mãe – Pense, filhinha, nas casinhas de barro que você faz. Elas são tão frágeis!!! O barro é frágil, ele é quebradiço. Quando o autor do texto diz que nós fomos feitos do barro, ele quer dizer, em segundo lugar, que nós somos frágeis, limitados, e que, por isso, podemos cometer erros. Nós somos comparados a um vaso de argila, um vaso de barro, que carrega dentro de si um enorme tesouro, que é a vida de Deus em nós.
Filha – E Deus sempre perdoa os nossos erros? Ele não perde a paciência com a gente?
Mãe – Quando a sua casinha de barro seca e quebra, o que você faz?
Filha – Eu molho o barro com água e começo a construir a casinha de novo!
Mãe – É exatamente assim que Deus age conosco. Nós somos barro, quando quebramos é só jogar água, porque o barro é reconstruível; sempre é tempo de recomeçar.
Filha – Como assim, “é só jogar água na gente!?” Não entendi isso!!!
Mãe – A água refaz o barro e o deixa em condições de receber nova forma. Quando estamos cansados, tristes, sem esperança num futuro... Melhor, quando entregamos os pontos e não queremos mais continuar a lutar, ou quando você encontra tantas pessoas que foram jogadas à beira do caminho, feito barro despedaçado... só há um jeito de devolver a elas e a nós mesmos a verdadeira vida: a misericórdia e a bondade que acolhe e nos devolve a alegria, a esperança de viver. É preciso estender a mão para que o outro, que está quebrado como o barro, possa de novo viver.
Filha – Entendi, mãe! Quer dizer que nós precisamos dos outros e eles precisam da gente!
Mãe – “O barro não tem liga?” Ele não se “gruda” no outro? Assim somos nós. Nós não somos uma ilha que vive sozinha e isolada. Precisamos uns dos outros. Barro mais barro formando tijolos, construindo templos, hospedando Deus.
Filha – Que legal, mãe, entendi o que quer dizer que somos feitos de barro!
Mãe – Olha, filha, tem mais uma coisa que quero lhe dizer. O barro é uma mistura de terra e água. Nós também somos uma mistura, uma mistura de corpo e alma, a gente não precisa só de comida para alimentar o nosso corpo. Não é verdade? Todos queremos e buscamos também beleza, carinho, alegria, perdão... Assim, através dessas coisas, o nosso espírito que é espírito de Deus vai se alimentando e crescendo em nós. (Celito Méier)
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