Apresentação

Sou Maria Ercília Pereira. Simplesmente... Procurando viver cada segundo de minha vida de forma entusiasmada, crendo no que faço, procurando dar o máximo de mim naquilo que executo - seja no trabalho, em casa (com os meus filhos), na comunidade ou nos espaços em que atuo.
Como professora de Filosofia e Ensino Religioso, Técnicas de Comunicação Pastoral (no curso de Teologia), atuante na equipe de formação desta paróquia e contribuindo com o crescimento de tantos leigos e leigas, acredito nas sementes que tenho lançado neste vasto campo da Educação... Posso dizer que sou entusiasmada por este espaço de anúncio do Reino. Como também pela "Comunicação", minha primeira formação profissional.
Anunciar e espalhar, de diversas formas, a Boa Nova do Reino é um grande desafio para a Igreja e para todos os cristãos e cristãs.
Façamos deste "blog" um espaço de anúncio, de evangelização e de comunhão... Possamos interagir, comunicar, partilhar, trocar informações, tecer juntos a "teia da vida".

Entre em contato conosco. Unamos nossas mãos nesta tarefa de "fazer ressoar a palavra" pelos Meios de Comunicação Social!
A Paz de Jesus! Shalom!

sábado, 4 de abril de 2009

Mãe, sou feita de barro?


O texto que segue, abaixo, é uma boa motivação para trabalharmos o tema da criação, na catequese, apontando para os símbolos do livro do Gênesis, ultrapassando uma linguagem fundamentalista do mesmo.

Uma boa opção, seria colocar os catequizandos em contato com a argila; solicitando, ao mesmo tempo, que pudessem criar um objeto/símbolo a partir da argila: que pode ser do mundo que desejam... Após os símbolos criados, solicitar que os participantes falem para que todos ouçam... Depois, é só fazer uma bonita exposição com os mesmos objetos. E, claro, fazer uma leitura do texto que segue para descobrir a linguagem literária da criação.

Bom trabalho para todos!


Uma criança, depois de haver participado de uma missa em sua comunidade, na qual narrava-se a criação do primeiro homem e da primeira mulher, perguntou à mãe:
Filha - Mãe, é verdade que eu sou feita de barro?!
Mãe – Filhinha, quando no livro do Gênesis, que é o primeiro livro da Bíblia, lemos que fomos feitos do barro, precisamos captar qual a mensagem que o autor nos quis transmitir. Em primeiro lugar, filhinha, com o barro nós podemos fazer qualquer coisa. Não é verdade? Assim somos nós. Somos maleáveis, moldáveis; somos matéria aberta a qualquer possibilidade. O que você será na vida? Nosso destino está em nossas mãos. Podemos orientar nossa vida para o bem ou para o mal. Assim como o barro nas mãos do artista, nós precisamos deixar que Deus atue em nossas vidas e vá, aos poucos, modelando-a, tornando nossa vida bonita.
Filha – Como é que Deus atua em nossas vidas?
Mãe – Olhando para a história da Criação e da humanidade toda, nós percebemos que Deus é amor, que cria por amor, cria porque quer comunicar-se, cria porque nos quer bem. Olhando mais de pertinho para Deus, através de seu Filho Jesus, nós percebemos que onde existe o amor, a solidariedade, a misericórdia e a justiça, que promove a paz, aí Deus está atuante. Assim, minha querida, toda vez que você praticar o bem e for justa com as pessoas e toda vez que você souber perdoar as pessoas, dando a elas a oportunidade de sempre de novo começar a viver com alegria a vida, então sim, Deus estará agindo em sua vida e na vida dos outros, através de você.
Filha – Mãe, mas porque a gente faz tanta coisa errada?
Mãe – Pense, filhinha, nas casinhas de barro que você faz. Elas são tão frágeis!!! O barro é frágil, ele é quebradiço. Quando o autor do texto diz que nós fomos feitos do barro, ele quer dizer, em segundo lugar, que nós somos frágeis, limitados, e que, por isso, podemos cometer erros. Nós somos comparados a um vaso de argila, um vaso de barro, que carrega dentro de si um enorme tesouro, que é a vida de Deus em nós.
Filha – E Deus sempre perdoa os nossos erros? Ele não perde a paciência com a gente?
Mãe – Quando a sua casinha de barro seca e quebra, o que você faz?
Filha – Eu molho o barro com água e começo a construir a casinha de novo!
Mãe – É exatamente assim que Deus age conosco. Nós somos barro, quando quebramos é só jogar água, porque o barro é reconstruível; sempre é tempo de recomeçar.
Filha – Como assim, “é só jogar água na gente!?” Não entendi isso!!!
Mãe – A água refaz o barro e o deixa em condições de receber nova forma. Quando estamos cansados, tristes, sem esperança num futuro... Melhor, quando entregamos os pontos e não queremos mais continuar a lutar, ou quando você encontra tantas pessoas que foram jogadas à beira do caminho, feito barro despedaçado... só há um jeito de devolver a elas e a nós mesmos a verdadeira vida: a misericórdia e a bondade que acolhe e nos devolve a alegria, a esperança de viver. É preciso estender a mão para que o outro, que está quebrado como o barro, possa de novo viver.
Filha – Entendi, mãe! Quer dizer que nós precisamos dos outros e eles precisam da gente!
Mãe – “O barro não tem liga?” Ele não se “gruda” no outro? Assim somos nós. Nós não somos uma ilha que vive sozinha e isolada. Precisamos uns dos outros. Barro mais barro formando tijolos, construindo templos, hospedando Deus.
Filha – Que legal, mãe, entendi o que quer dizer que somos feitos de barro!
Mãe – Olha, filha, tem mais uma coisa que quero lhe dizer. O barro é uma mistura de terra e água. Nós também somos uma mistura, uma mistura de corpo e alma, a gente não precisa só de comida para alimentar o nosso corpo. Não é verdade? Todos queremos e buscamos também beleza, carinho, alegria, perdão... Assim, através dessas coisas, o nosso espírito que é espírito de Deus vai se alimentando e crescendo em nós. (Celito Méier)

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